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“Estamos diante da safra das safras”. Emocionado com o que viu nesta colheita da uva, o presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), Daniel Salvador, comemora o resultado de um ano de trabalho junto ao vinhedo. Segundo ele, o comportamento climático e as condições técnicas atuais foram determinantes para considerar esta safra a melhor de todos os tempos. A avaliação chega de todas as partes, a partir da troca de informações entre enólogos que atuam nas mais diversas regiões produtoras do Brasil.

“Esta vindima foi bela, uma escultura, um monumento que a natureza nos deu. Deste momento em diante é conosco”, declara o presidente. “Estamos tendo a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprendemos na escola e com a experiência adquirida. É um misto de alegria e satisfação que emociona. Não se faz um vinho sozinho. E este ano, a mãe natureza fez a sua parte de forma esplêndida. Agora, nós, enólogos, precisamos ter a sensibilidade e o conhecimento suficientes para gerar o melhor vinho com equilíbrio, sintonia”, destaca.

O presidente chama a atenção para a possibilidade de conhecer um patamar de vinhos que serão descobertos em breve. Nunca o Brasil, tanto vinícolas, quanto enólogos, esteve tão preparado tecnicamente, com profundo conhecimento, precisão na Viticultura e Enologia, para receber e processar uma matéria prima de tamanha qualidade. “Os primeiros resultados são surpreendentes. Esta safra veio para coroar todo esforço empenhado em anos de trabalho e pesquisa. Não há cidade, região ou estado, que ousa falar mal desta safra. Os elogios vêm de todas as partes, de todos com quem conversei”, complementa.

Todo vinho tem uma longa caminhada. E com esta performance, certamente novos vinhos surgirão, com novas propostas, novos estilos, novas descobertas. “Chega a ser cinematográfico. Peguei um cacho de Merlot na mão e me emocionei. Só pensei em dizer Obrigado à mãe natureza. Me senti forte, realizado e inspirado para transformar esta uva no melhor vinho que já fiz na vida”, conclui.