Frente Parlamentar da Maçã é criada para defender produtores da Serra Catarinense
Iniciativa do deputado Lucas Neves busca ampliar crédito, garantir proteção contra o granizo e melhorar a infraestrutura do setor
Foi instalada neste domingo (25), durante o 1º Maçã Catarina, em São Joaquim, a Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores de Maçã. A proposta, apresentada pelo deputado estadual Lucas Neves (Podemos), cria um canal permanente de diálogo na Assembleia Legislativa para tratar das demandas da fruticultura catarinense.
A atuação será em parceria com a Câmara de Vereadores de São Joaquim, que também criou uma frente parlamentar para tratar do tema, sob a liderança do vereador Édson Oliveira, presidente do Legislativo municipal.
Entre as ações prioritárias estão a ampliação do crédito rural, os subsídios para a instalação de telas de proteção nos pomares e o incentivo a novas tecnologias, como os canhões antigranizo. “Atualmente, apenas 20% dos pomares contam com telas contra o granizo, o que torna a produção vulnerável demais ao tempo”, pontua Lucas Neves. A Serra Catarinense reúne mais de dois mil fruticultores, em sua maioria pequenos agricultores que dependem da colheita para garantir o sustento.
“Queremos estar ao lado de quem trabalha no campo. Nossos produtores precisam de apoio, não só nas crises. Nossa missão é garantir políticas públicas que valorizem o esforço de quem faz a maçã catarinense chegar à mesa de milhões de brasileiros”, afirmou Lucas Neves. “O produtor tem que saber que não está sozinho. Tem voz dentro do Parlamento”, completou.
Durante o encontro, o deputado também confirmou a destinação de recursos para ajudar na construção da nova sede da Associação dos Produtores de Maçã e Pera (AMAP), no Parque da Maçã. A obra será realizada com a soma de verbas parlamentares e investimentos já captados pela entidade.
Maçã movimenta R$ 1,5 bilhão por ano em SC
Santa Catarina é líder nacional na produção da fruta. São Joaquim responde por 63% da colheita estadual e cerca de 30% do total brasileiro. A atividade movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão por ano e é responsável por milhares de postos de trabalho diretos e indiretos na Serra Catarinense.
O 1º Maçã Catarina teve caráter técnico e cultural, reunindo especialistas, autoridades, associados e famílias de agricultores. A programação contou com palestras e apresentações artísticas.