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São Joaquim viveu um amanhecer congelante nesta terça-feira (24), com temperaturas na casa dos -6°C e um cenário que mais parecia saído de um conto de fadas. As cerejeiras do centro da cidade ficaram completamente cobertas de gelo, formando as chamadas árvores de cristal, uma das imagens mais impressionantes deste inverno rigoroso na Serra Catarinense.

O fenômeno foi possível graças ao uso de aspersores de irrigação instalados estrategicamente nas árvores. A técnica, que pode parecer agressiva, na verdade protege as plantas contra o frio extremo, criando uma camada de gelo que conserva a temperatura interna da planta em torno de 0°C, evitando danos maiores.

Enquanto São Joaquim já impressionava com seus -6°C e ventos cortantes, o ponto mais frio de Santa Catarina foi registrado no Morro das Torres, em Urupema, com incríveis -8,1°C, segundo a Epagri/Ciram. Este valor pode representar um novo recorde de temperatura mínima para o mês de junho ou até mesmo um recorde absoluto da estação. No entanto, há possibilidade de que temperaturas ainda mais baixas tenham sido registradas no Morro da Igreja, mas a estação meteorológica local encontra-se fora de operação, de acordo com o ClimaTerra.

E o frio ainda não atingiu seu ápice. A previsão para a próxima madrugada é ainda mais rigorosa: vales e baixadas podem registrar temperaturas entre -10°C e -12°C. Com o vento, a sensação térmica pode cair para assustadores -15°C, especialmente na área urbana de São Joaquim.

A geada intensa e o vento gelado marcaram este dia histórico para o inverno catarinense, atraindo olhares e lentes. As impressionantes imagens das árvores congeladas foram registradas pelo fotógrafo Wagner Urbano, especialista em capturar os efeitos do frio na Serra. Mais uma vez, a cidade mostra por que é considerada a capital do frio no Brasil.