12/11/2025 10h28 ⟳ Atualizada em 12/11/2025 às 10h32

Quando se fala em tornados, o primeiro lugar que vem à mente é os Estados Unidos — e com razão. O país é o campeão mundial em ocorrência desses fenômenos, concentrando cerca de 70% de todos os tornados registrados no planeta.
Mas o que muita gente não sabe é que a América do Sul ocupa o segundo lugar nesse ranking, e a região com maior incidência está justamente entre o Sul do Brasil, parte do Centro-Oeste, Argentina, Uruguai e Paraguai.
No entanto, há uma diferença importante: enquanto os tornados norte-americanos costumam atingir altíssimas intensidades, com ventos devastadores, os registrados no Brasil são, na maioria, de menor potência — classificados entre F0 e F1, com ventos que variam de 80 a 180 km/h.
Eventos mais intensos, como o tornado de Rio Bonito, em Santa Catarina, que chegou à categoria F4 (ventos acima de 300 km/h), são raros. Segundo Ronaldo Coutinho, do Climaterra, lembra que o Brasil já registrou tornados violentos, como o de Canoinhas, também em Santa Catarina, em 16 de maio de 1948 — considerado o mais mortal do país, com 23 vítimas fatais e destruição generalizada.
Coutinho reforça que, apesar da baixa frequência de eventos extremos, é essencial melhorar os sistemas de alerta, a prevenção e a cultura meteorológica. Ele destaca ainda a importância da construção segura de moradias, especialmente com paredes de alvenaria e lajes, que aumentam as chances de sobrevivência durante fenômenos desse tipo.
Como forma de apoio às comunidades afetadas, a Climaterra disponibilizou laudos gratuitos para pessoas físicas e jurídicas atingidas por tornados em Santa Catarina, iniciativa liderada pelo meteorologista Piter Scheuer.
Uma curiosidade que mostra: embora raros, os tornados brasileiros fazem parte da nossa realidade — e conhecer melhor o fenômeno é o primeiro passo para enfrentá-lo com mais segurança.

Ver essa foto no Instagram