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NOTISERRA SC, SÃO JOAQUIM
17/11/2025 10h45 ⟳ Atualizada em 17/11/2025 às 10h45

A persistente indefinição sobre a liberação dos recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) coloca os produtores de maçã e pera de Santa Catarina em estado de alerta. Desde o dia 30 de outubro, a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) vem comunicando ao governo federal e às entidades do setor o início da cobrança das parcelas que deveriam ser cobertas pelo subsídio.

Mesmo assim, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ainda não sabe se os valores congelados serão destravados. O secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, confirmou que o órgão recebeu o comunicado, mas admitiu: “Estamos em compasso de espera. Até o momento, não há nenhuma perspectiva.” Em anos anteriores, a liberação ocorreu apenas nas últimas semanas de dezembro, mas até agora não há qualquer sinalização da equipe econômica.

Diante desse cenário, a AMAP (Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina) intensificou sua mobilização. A presidente da entidade, Sheila Zanete, reforça que o subsídio do seguro rural é fundamental para garantir segurança financeira aos produtores e assegurar a continuidade da atividade em um setor altamente vulnerável ao clima.

“Há dias estamos em contato direto com deputados, senadores, secretarias estaduais e com o próprio Ministério da Agricultura. Estamos cobrando respostas, agilidade e compromisso. O subsídio rural não é benefício — é um direito assegurado ao produtor, especialmente em um momento de custos elevados e risco climático crescente”, afirma Sheila.

A presidente destaca ainda que a AMAP está enviando ofícios, relatórios e solicitações formais para exigir atenção urgente ao tema. Segundo ela, o atraso desestrutura o planejamento das propriedades, compromete a capacidade de pagamento dos seguros contratados e expõe os produtores a riscos que o programa existe justamente para mitigar.

Além disso, a AMAP está agendando uma reunião em Brasília com o Ministro da Agricultura para apresentar pessoalmente as demandas dos produtores catarinenses. A articulação está sendo construída com apoio dos parlamentares Geovania de Sá e Lucas Neves, que estão organizando o encontro na capital federal.
A expectativa é que a reunião ocorra até o dia 10 de dezembro, garantindo tempo para pressionar pela liberação do subsídio antes do encerramento do ano fiscal.

Sheila reforça que a entidade seguirá atuando de maneira firme e organizada:
A AMAP está mobilizada de forma permanente. Estamos acompanhando cada movimentação em Brasília e não vamos recuar até que os compromissos assumidos com o setor produtivo sejam cumpridos. Os produtores catarinenses precisam de segurança — e a liberação do subsídio é indispensável para isso.”

A associação conclama união e participação de todos os produtores neste momento decisivo, reforçando que a força do setor depende da articulação coletiva.

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