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NOTISERRA SC, SÃO JOAQUIM
30/12/2025 14h51 ⟳ Atualizada em 30/12/2025 às 14h51

Santa Catarina pode abrigar um caso raro e impressionante: uma gata com mais de 30 anos de idade. A história vem de São Joaquim, na Serra Catarinense, onde a família Padilha cuida da gata Seba desde, pelo menos, 1994 — ano que ficou marcado na memória da família pela morte do piloto Ayrton Senna.

Segundo a moradora Zélia Padilha, Seba apareceu de forma espontânea na propriedade da família, ainda na década de 1990. “Ela era da rua, abandonada. Chegou aqui quando ainda tinha só uma cerca, não era muro. Veio com um filhotinho atrás”, relembra. A partir daquele momento, Zélia passou a alimentar e cuidar da gata, que nunca mais foi embora.

A lembrança do ano exato da adoção não veio por registros formais, mas por acontecimentos históricos. “Foi na época que o Ayrton Senna morreu. Ela já estava aqui com nós”, afirma dona Zélia. Desde então, Seba permaneceu na casa, tornando-se uma companheira diária da família por mais de três décadas.

Hoje, já idosa, a gata exige cuidados especiais. Ela não se alimenta mais de ração nem de comida caseira, consumindo apenas patês e sachês próprios para gatos. Mesmo assim, mantém uma rotina tranquila: passa horas ao sol, entra para beber água, come pequenas porções e descansa. “É minha companheirinha de sempre”, diz Zélia.

Ao longo de toda a vida, Seba apresentou poucos problemas de saúde. “Ela sempre foi saudável. Só foi ao veterinário duas vezes: uma para castrar e outra recentemente, quando precisou tomar soro porque estava muito fraquinha”, conta a tutora. Após o tratamento, a gata se recuperou e segue vivendo normalmente.

A filha de Zélia, Zulei Padilha, reforça que a idade da gata é baseada em memórias familiares bem marcadas. “Quando o Ayrton Senna morreu, em 1994, ela já estava aqui. Isso ficou registrado pra nós. E quando ela chegou, já era adulta, ainda com filhotinho, então ela tem mais de 30 anos com certeza”, afirma.

Veterinários que atenderam Seba consideram o caso extremamente raro. “A veterinária disse que é muito difícil um gato viver tantos anos”, explica Zulei. Não há, no entanto, exames específicos capazes de comprovar com precisão a idade de um felino, o que impede uma certificação oficial.

A família chegou a pesquisar o assunto e encontrou registros no Guinness World Records indicando que gatos com essa longevidade são exceções no mundo. Houve até uma tentativa de iniciar o cadastro para reconhecimento oficial, mas o processo ainda não foi concluído.

Enquanto isso, Seba segue vivendo seus dias em São Joaquim, cercada de carinho. “É maravilhoso cuidar dela. Eu quero muito bem ela”, resume dona Zélia, que também se dedica a cuidar de outros gatos e cães, inclusive animais abandonados da rua.

Com mais de três décadas de convivência, a história de Seba chama a atenção não apenas pela possível longevidade recorde, mas também pelo vínculo de afeto construído ao longo de uma vida inteira.

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