[dropcap]U[/dropcap]m dos principais atrativos turísticos de Santa Catarina virou um risco para 3 mil motoristas que passam pela Serra do Rio do Rastro, principal ligação entre o Sul do estado e o Oeste catarinense, todos os dias. Apesar das mais de 280 curvas, o maior perigo é uma rocha deslizar na pista a qualquer momento, o que já ocorreu várias vezes.
A Coordenadoria Regional da Defesa Civil de Criciúma, no Sul do estado, diz que está preocupada e enfatizou a necessidade de obras no local.
Na terça (9), a Serra do Rio do Rastro registrou mais um deslizamento em Lauro Müller, no Sul do estado. A SC-390 precisou ficar interditada por seis horas. Ninguém ficou ferido. A Secretaria de Estado de Infraestrutura afirmou que obras para tentar conter os deslizamentos devem começar no final de março.
Perigo
Os dias com chuva e neblina pioram a visibilidade e deixam a pista escorregadia nos sete quilômetros cheios de curvas. Faz dois anos que os paredões de pedra, sem qualquer proteção, estão caindo sobre a pista. No ano passado, foram registrados pelo menos quatro deslizamentos. A preocupação é que não é só em dias de muita chuva que isso tem ocorrido. No caso de terça, por exemplo, foram registrados entre 3 e 7 milímetros.
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“Sempre, a qualquer chuva, há uma situação de alto risco para acontecer esses deslizamentos e ferir até mesmo algumas pessoas. Até o presente momento, estamos com a sorte que ainda não feriu, não vitimou com óbito algumas pessoas”, afirmou o coordenador regional da Defesa Civil de Criciúma, Rosinei da Silveira.
Alerta
Há um ano, a Defesa Civil apresentou um relatório com pelo menos nove pontos de risco e sugestões para evitar novos deslizamentos. Nesta quarta, o órgão voltou a alertar para a necessidade urgente de obras.
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“O terreno é instável. O relevo ajuda a fazer esses deslizamentos. O tráfego de caminhões é intenso, aumentam as trepidações, as rachaduras estão lá expostas para qualquer um que quiser ver”, disse o coordenador regional.
O secretário de Estado da Infraestrutura, Luiz Fernando Cardoso, disse que o projeto executivo foi feito em 2017, sendo finalizado no dia 19 de dezembro, e que o processo licitatório deve ser feito ainda neste ano.
“A partir de fevereiro de 2018, quando se inicia o exercício orçamentário, nós teremos a condição de fazer um empenhamento desses valores e lançar a licitação. Na modalidade emergencial, em virtude de que nós temos a justificativa técnica dos desmoronamentos e também do risco de um novo colapso nesse sentido. O objetivo é que a gente consiga no primeiro trimestre, no final do primeiro trimestre nós termos aí a definição da empresa que vai fazer as obras e o início efetivo das obras”.
Fonte: G1 SC – NSC