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©Wagner Urbano

[dropcap]A [/dropcap]estação mais quente do ano despede-se do hemisfério Sul oficialmente às 13h15min desta terça-feira (20), quando acontece o fenômeno astronômico denominado equinócio de outono. Isso significa que o sol passa a incidir de maneira igual sobre os dois hemisférios. Além disso, a primeira noite do outono terá exatamente a mesma duração do dia.

Em Santa Catarina, os primeiros dias da nova estação, que deixa o verão para trás, terão predomínio de instabilidade e de temperaturas mais amenas. Isso se astronomia e meteorologia coincidirem. Em abril e maio, no entanto, as chuvas voltam a diminuir no Estado. A condição preocupa a região Oeste, que registrou em média entre 50 e 100 mm a menos do que normalmente chove nesse período do ano.

“Para se ter ideia, a média de chuva nesse mês é de 170 a 190 mm na região e em Chapecó o acumulado foi de apenas 64 mm”, comprova o meteorologista do grupo NSC Comunicação, Leandro Puchalski. Para a meteorologista da Epagri Ciram, Laura Rodrigues, as características da estação que se aproxima já podem ser sentidas pelos catarinenses.

“Exatamente na semana que o outono começa voltou a chover no Oeste. As frentes frias estão passando com maior frequência e de forma mais organizada, o que é uma característica do outono, além dos ventos Sul também em maior frequência. Mas nos meses seguintes a tendência é de precipitação abaixo da média em todo o Estado”, prevê.

Os veranicos com períodos prolongados de temperatura superior a 30º C (especialmente em maio), a grande amplitude térmica diária e os nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade, são características típicas do outono. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos – CPTEC alerta para a ocorrência de geadas nas serras da região Sul. Vale lembrar que essa é uma estação de transição e, nesse sentido, é comum apresentar características tanto do verão, quanto do inverno.

Participante do Fórum Climático Catarinense, Puchalski lembra que o verão foi influenciado pelo fenômeno climático La Niña: resfriamento das águas do Oceano Pacífico entre a Indonésia e a costa do Peru. A continuidade dessa condição só deverá acontecer até a metade do outono, segundo o especialista.

“Diante disto, a previsão é que as temperaturas do amanhecer fiquem de dentro a abaixo do padrão, ou seja, um pouco mais frias. No entanto, as tardes tendem para o padrão normal até acima em algumas áreas, ou seja, amanhecer frio e tarde quente”, explica Puchalski, que reforça as temperaturas normais para a estação e as chuvas abaixo da média a partir de abril.

A meteorologista Laura Rodrigues lembra que o verão foi típico em Santa Catarina, principalmente com relação à distribuição das chuvas: maiores em janeiro, diminuindo em fevereiro e voltando a acontecer em maior volume em março. O litoral e a região Norte do Estado foram as regiões onde as precipitações aconteceram em maior frequência. Fevereiro foi o mês com temperaturas mais baixas. “É muito difícil os três meses serem iguais”, comenta a especialista da Epagri.

Com informações do site NSC TV