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[dropcap]O [/dropcap]Hospital de São Joaquim, junto com a Diretoria da Associação Beneficente Bento Cavalheiro, divulgou na manhã desta terça-feira, 22 de Maio, uma nota explicando o fechamento do Centro Obstétrico. Segundo a nota, a obstetrícia será paralisada temporariamente por falta de médico anestesista, que hoje, São Joaquim encontra-se em déficit desse profissional.

Em contato com a direção do Hospital, que atendeu prontamente explicando a situação, o fato de estar fechado temporariamente, se deve ao motivo de não ter um respaldo de um anestesista direto na entidade, onde dificulta o trabalho obstétrico no Hospital.

Para Agna Mara de Oliveira, superintendente da Associação Bento Cavalheiro, essa decisão foi tomada pela insegurança quer os profissionais obstetras tem sem o profissional anestesista. “ Quando chega uma gestante em trabalho de parto, podendo evoluir para uma cesariana, acaba dando um desconforto muito grande, porque não temos o anestesista, por isso optamos em fechar” ressalta Agna.

Hoje o hospital conta com três anestesistas, que realizam cirurgias eletivas, que é aquela que pode ser postergada por até UM ano sem causar grandes problemas ao paciente. Esses médicos, dão suporte apenas para cirurgias já agendadas. Segundo Agna, para um profissional ficar direto lá, o hospital não consegue pagar, a Prefeitura repassa uma verba, mas é para emergências obstétricas. “Nós temos como referência o Teresa Ramos, fica mais prático para nós, mas inviável para os pacientes, mas infelizmente, não podemos bancar um profissional aqui no município” explica.

Prefeitura Repassa verbas para o Hospital

A Prefeitura de São Joaquim, repassa uma quantia de 103 mil reais por mês, esse dinheiro é usado para manter a emergência da unidade.

Em agosto de 2017, a Câmara Municipal de Vereadores de São Joaquim, realizou sessão extraordinária para votação em regime de urgência do projeto de lei 33/2017 do Executivo Municipal que trata do repasse para o Hospital Sagrado Coração de Jesus de São Joaquim, celebrando “termo de colaboração” com a Associação Beneficente Bento Cavalheiro, realizado nas formas da lei 13.019.

O objetivo é para a custear a emergência e também a implantação do sobreaviso obstétrico no município, que auxiliará para que as gestantes possam ter os bebês. Lembrando que somente serão deslocados ao município de Lages, gestantes que apresentam alto risco.

Ao todo, com o termo de colaboração assinado pelo hospital em contratar o anestesista, A Prefeitura iria repassar  mais 15 mil, dando a quantia de 118 mil reais por mês. Como esse termo não foi realizado pelo Hospital o repasse ainda é de 103 mil. Assim que o profissional for contratado, a Prefeitura repassa o restante do dinheiro.

Os médicos que estavam responsáveis pelo sobreaviso eram os profissionais Frederico Mendes Vieira e Leonardo José Bathke. Sobre a escala de trabalho dos mesmos, a responsabilidade será da gestão do hospital, assim como a contratação do anestesista.