[dropcap]O[/dropcap] Poder Legislativo em todo o Brasil volta a funcionar nesta sexta-feira (1º). Deputados federais, estaduais e senadores tomam posse e dão início aos trabalhos desta legislatura, que seguirá acompanhando os trabalhos dos governadores e do presidente, que já foram empossados no dia 1º de janeiro.
Em Santa Catarina, 40 deputados tomam posse, sendo 22 estreantes na Assembleia Legislativa (Alesc). A maior bancada será do PSL, partido do governador Carlos Moisés da Silva e do presidente Jair Bolsonaro, com seis representantes. A solenidade começa às 9h. Logo após, os novos parlamentares vão definir a Mesa Diretora, que vai comandar os trabalhos nos próximos dois anos.
Em Brasília, os 513 deputados federais e 54 senadores eleitos também tomam posse nesta sexta. Na Câmara Federal, a solenidade está marcada para 10h, enquanto no Senado a cerimônia começa às 15h. Ao que tudo indica, as duas cerimônias serão simples e protocolares sem discursos na tribuna.
Primeira disputa
A primeira disputa política por poder e influência, que normalmente ocorre nas eleições para as mesas diretoras, não será vista em Santa Catarina. Seguindo uma tradição local, os parlamentares que ainda vão assumir já definiram que o novo presidente será o deputado Júlio Garcia (PSD), que já ocupou o posto anteriormente. Ainda há a possibilidade, pelo regimento, de haver eleição, mas ela é praticamente descartada.
Já em Brasília, a concorrência deve ser dura. No Senado, o ex-presidente da Casa, Renan Calheiros (MDB-AL), busca apoio para voltar ao cargo, mas ainda precisa convencer os demais colegas a não optar por uma das várias candidaturas que já foram divulgadas. Entre elas, está a do senador catarinense Esperidião Amin (PP), que volta à Casa após 20 anos.
Já na Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já presidia a Casa na última legislatura, é apontado como um dos favoritos, principalmente por ter recebido o apoio dos deputados do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Entretanto, Maia enfrenta resistência, sobretudo, dos partidos de esquerda e centro-esquerda, que até chegaram a sinalizar suporte à candidatura dele, mas voltaram atrás depois que o PSL indicou que votaria para manter o deputado na direção da Casa.