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Foto: Wagner Urbano

[dropcap]A[/dropcap] partir do dia 1º de abril, estará liberada a colheita e a venda de pinhão. Porém, o preço do produto tem tudo para ser mais caro este ano, pois a safra pode ser cerca de 80% menor em relação ao ano passado. A expectativa baixa de número de pinhas são dos próprios produtores, que repassam as informações para a Epagri e Sindicato da categoria.

Foto: Wagner Urbano

Na safra passada, foram produzidas cerca de três mil toneladas da semente. Se a expectativa de produção for mesmo 80% menor, a safra deste ano será de apenas 600 toneladas, ou seja, 2,4 mil toneladas a menos.

No município de Painel, maior produtor de pinhão de Santa Catarina, o secretário de Agricultura, Alindomar Rubem Arruda, avalia que a baixa produção de pinhão pode ter sido influenciada pelo clima. Ele não tem números para saber exatamente qual será a produção porque a colheita ainda nem começou.

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lages, Carlos Luiz Peron, diz que o forte calor nos últimos meses queimou as pinhas. “Este fato também aconteceu com as morangas e as abobrinhas. A produção baixa é devido a isso e, no ano que vem, também será de pouco pinhão.”

Crime

O sargento Antônio Marcos de Jesus, da Polícia Militar Ambiental, ressalta que a colheita, transporte, armazenamento e venda de pinhão antes do dia 1º de abril é crime ambiental, passível de multa de R$ 500. “A fiscalização no interior continua e, nessa época, nossos policiais ficam atentos à preservação das araucárias.”

Ele lembra que é essencial respeitar o prazo de colheitoa para que os pássaros e animais roedores possam se alimentar de maneira adequada. “O ideal seria colher as pinhas somente depois que elas caíssem no chão.”

Ele acredita que a diminuição da altura dos pinheiros também influencia a queda da produção de pinhão. Além, é claro, da variação de temperatura que tem sido brusca e fora de época.