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[dropcap]A[/dropcap] suspensão do horário de verão neste ano, anunciada pelo governo federal na última sexta-feira (5), não deve impactar significativamente a redução do consumo de energia no estado, de acordo com as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Conforme a empresa, o horário de maior uso tem ocorrido, há alguns anos, à tarde.

“Praticamente não tem impacto [não ter horário de verão]. Reduz em 4,5% pico de demanda no início da noite, que é quando as pessoas chegam em casa, a iluminação pública é ligada. Mas foi percebido, que de uns dez anos para cá, o pico de consumo no verão por volta das 15h, principalmente por meio do uso do ar-condicionado e geladeira”, disse o chefe de departamento de comercialização e gestão de energia da Celesc, Gustavo Cavalcante Rocha.

Segundo ele, fatores como a alteração no jeito de trabalhar e o acesso aos bens de consumo favoreceram essa mudança.

“Agora as pessoas também trabalham em casa. Além disso, houve um momento em que o consumo de aparelhos da chamada linha branca foi estimulado, com facilidades na compra”, disse.

Conforme Rocha, o benefício para o setor é elétrico é praticamente zero, mas há outros setores que justificam a manutenção do horário de verão. “As pessoas desfrutam de um período maior na rua. O que favorece o comércio, o turismo e a segurança.”

No ano passado, o horário de verão começou no dia 4 de novembro de 2018 em 10 estados e no distrito federal e foi encerrado no dia 16 de fevereiro. O período de duração foi menor: até 2017, o horário de verão começava no terceiro domingo do mês de outubro.

A alteração ocorreu por meio de decreto assinado pelo então presidente Michel Temer (MDB), atendendo a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral para que o início do horário de verão não ocorresse entre o primeiro e o segundo turno das eleições.

Com informações do site G1/SC