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[dropcap]Q[/dropcap]uem passa pela SC-114, no KM 293, entre Painel e São Joaquim, na Serra Catarinense, precisa ter atenção e cuidado redobrado. Isso porque, um enorme adensamento na pista limitou o espaço destinado aos veículos.

Foto: Núbia Garcia

Apesar de haver sinalização, os motoristas que trafegam frequentemente pelo local estão preocupados com a possibilidade do problema se agravar, impedindo o trânsito. O processo de licitação foi iniciado, mas não existe data prevista para o início das obras, já que podem ocorrer recursos por parte das empresas que participam do processo.

No mês passado, Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) de Santa Catarina, lançou o edital de licitação para a execução dos trabalhos rodoviários de terraplanagem, pavimentação, drenagem, obras de arte corrente, sinalização, obras complementares e meio ambiente. Três empresas já se inscreveram.

O valor orçado para realização dos trabalhos é de R$ 1,4 milhões, e o prazo para a conclusão das obras, assim que forem iniciadas é de 180 dias. “Estamos trabalhando para que os serviços sejam realizados o quanto antes, já que esta é uma região muito importante para o desenvolvimento e para a economia do Estado”, afirmou o secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler.

Entenda o problema

A pista cedeu em maio de 2017, apenas dois meses após a inauguração da reforma da rodovia. A época, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) declarou que o problema foi provocado devido à escavações ilegais em uma cascalheira próxima ao trecho, que funcionava sem licença ambiental. Portanto, não há relação com a obra de restauro da rodovia que custou R$ 90 milhões ao estado.

Em dezembro daquele ano, o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Wanderley Teodoro Agostini, esteve no local e confirmou que a escavação é que teria causado os danos na estrada. Ele declarou que a empresa que executou a obra de pavimentação seria contratada para consertar a pista e que o reparo seria executado com dispensa de licitação.

Na época, Wanderley afirmou que não houve erro na execução dos trabalhos, o que isenta a empresa de qualquer responsabilidade. Assim, ela seria remunerada para realizar os serviços necessários. Ele não esclareceu se os responsáveis pela cascalheira teriam que arcar com os custos dos estragos.

Mas em julho de 2018, o superintendente regional do Deinfra, Narciso Leal Narciso reforçou que o que aconteceu no local foi um acidente geológico. “Uma infiltração de água vinda da encosta da rodovia provocou um escorregamento de parte da terceira pista. Há a necessidade de fazer a correção e uma ação de um projeto específico. A solução está sendo programada”, declarou na época.

Fonte: Texto CL Mais