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Os porta-enxertos da série Geneva® são testados em diferentes sistemas de condução no CAV, em parceria com a Universidade de Cornell, nos EUA

É com pesquisas e experimentos que empresas podem ter o conhecimento da eficiência de produtos e de práticas. O que é pesquisado e testado nas Universidades Federais e Estaduais, geralmente, se transforma em conhecimento aplicado, que reflete em investimentos e lucros a pequenas e grandes empresas.

Em Lages, na Serra Catarinense, o campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV/Udesc), é a única instituição no Brasil a pesquisar a fertirrigação na cultura da pereira, em clima subtropical e temperado no país.

O sistema de fertirrigação instalado na Udesc, é coordenado pelo mestrando Augusto José Posser. O método é utilizado para suprir a falta de chuva nos momentos críticos da formação do fruto. Apesar de ser uma região onde a chuva está presente, esta não ocorre de forma homogênea, e assim, a irrigação age para distribuir água e também os fertilizantes entre as plantas.

Augusto explica que a fertirrigação por gotejamento economiza água pois fornece a quantidade necessária à planta, sem excedentes, supre as necessidades eventuais de água principalmente nos períodos críticos como floração e formação do fruto.

A fertirrigação torna a aplicação de fertilizantes mais eficiente e sem desperdícios, reduz a mão de obra, e somada à irrigação, agrega valor à fruta, por aumentar a sua qualidade, possibilitando maior valor de mercado ao agricultor.

Reconhecimento nos EUA

Os experimentos científicos chamaram a atenção de pesquisadores da Universidade da Virginia (Virginia Tech) dos Estados Unidos, que depois de receberem o convite do Grupo de Fruticultura do CAV desembarcaram em Lages na segunda semana de maio.

Eles conheceram o modelo de fertirrigação, os experimentos com porta-enxerto de macieiras da série Geneva® e também propriedades rurais parceiras onde outras pesquisas são desenvolvidas pelo grupo.

Os pesquisadores, Mark Reiter, Ozzie Abaye e Ryan Stewart vieram também com a intenção de formar intercâmbio de instituições para formação de parcerias de interesses acadêmico-científicos entre professores e alunos das duas instituições.

Experimentos

Acreditando no potencial das pesquisas, a empresa Fruticultura Hiragami cedeu dois hectares, em Painel, para os experimentos. É lá, onde os alunos pesquisadores podem fazer o plantio, medir os ramos, pesar os frutos e catalogar resultados, que são analisados em parceira com a empresa.

Em São Joaquim, além dos experimentos próprios com diferentes coberturas antigranizo, para utilizar cores variadas e testar a efetividade no desenvolvimento da macieira, a empresa abriu as porteiras para receber os pesquisadores estrangeiros. Para o Engenheiro Agrônomo da empresa Hiragami, Celito Soldá, essa parceria didática e científica é importante para o retorno produtivo da fruta, que reflete nos investimentos.

O sistema de irrigação que está sendo usado no pomar de maçã da Hiragami também chamou a atenção dos pesquisadores da Universidade da Virgínia. Além do processo de arqueamento dos ramos da planta, que acelera a entrada em produção, segundo Celito a prática de irrigação surpreendeu os pesquisadores.

Na Estufa, os por-enxertos de pereira (pera, criados pelo próprio CAV (chamado Seleção CAV 3) são micropropagados (cultura de tecido) produzindo centenas de clones e aclimatados nas estufas do grupo de fruticultura

Por CLMais