[dropcap]A[/dropcap] influenza, normalmente conhecida como gripe, é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os vírus A e B apresentam maior importância clínica.
Estima-se que, em média, o tipo A causa 75% das infecções, mas em algumas temporadas, ocorre predomínio do tipo B. Os tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais e, também, por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas.
Em geral, essas são associadas ao aumento das taxas de hospitalização e de mortes por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam doenças crônicas e fatores de risco. O vírus C raramente causa doença grave.
A vacina é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza, reduzindo o agravamento da doença.
A estratégia de vacinação na rede pública de saúde foi sendo ampliada pelo Ministério da Saúde e, atualmente, a vacinação é indicada para indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças com idade de 6 meses a menor de 6 anos, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), profissionais de saúde, professores de escolas públicas e privadas população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, povos indígenas, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (conforme listagem definida pelo Ministério da Saúde com sociedades científicas).
Em São Joaquim foi realizado a campanha de vacinação nos grupos e fatores de risco, onde 85,91% das pessoas foi vacinada. Após a ação nesses grupos, foi liberado as vacinas remanescentes para o restante da população. Vale salientar que as pessoas que foram vacinadas não estão livres da doença, mas tem uma proteção mais eficiente contra o vírus.
Casos na cidade
Atualmente, somente um caso foi confirmado no município. Outros estão sendo monitorados mas não foram confirmados. Segundo Fernanda Hannah da Silva Copelli, coordenadora da vigilância no município, essa vacina protege contra os tipos mais perigosos do vírus, não é garantia de 100%, mas chega perto disso. “Nossa meta era atingir toda a população de risco, conseguimos 85,91%, fomos para o interior de São Joaquim, fizemos campanha, foi colocado na rádio, e mesmo assim não atingimos toda a cobertura vacinal, fica aqui o apelo para que ano que vem as pessoas façam a vacina” explica.
Fernanda ainda comenta que é para população ficar tranquila, porque somente teve um caso na cidade e não é motivo para pânico.
A secretária municipal de saúde, Teresinha Godoy Vieira, também explica que hoje não existe mais vacinas no município, mas a ação de vacinação foi de 10 de abril até 31 de maio para os grupos de risco e depois foi estendido por mais uma semana para toda a população. “Só podemos divulgar os resultados após a DIVE e o estado confirmarem, também sobre medicamentos, o especifico não faz parte de nossa farmácia, ele é dispensado pela DIVE de Lages e só pode ser distribuído por indicação médica. Outro fator importante é que a vacina da influenza é a mesma do H1N1, somente após 15 dias a pessoas fica imunizado” explica a secretária.
O que é Gripe H1N1?
Gripe H1N1, também conhecida como gripe suína, é uma doença causada pela mutação do vírus da gripe. O H1N1 é um subtipo do Influenza A, e os sintomas da doença são bem parecidos com os da gripe comum. A transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo levar os pacientes até mesmo à morte.
Transmissão
A transmissão do vírus ocorre de uma pessoa para outra, por espirro, tosse e partículas que saem da boca. É possível pegar a gripe por contato com superfícies contaminadas com gotículas respiratórias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Center for Diseases Control (CDC), o centro de controle de doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco.
Qual o período de contágio da gripe H1N1?
O período de incubação do vírus é de um e meio a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação. Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto que nos adultos é de até sete dias. A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.