O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD), foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Florianópolis, na segunda fase da Operação Alcatraz. A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu, que afirmou que o mandado que prevê prisão domiciliar foi cumprido.
O político presta esclarecimentos na sede da Polícia Federal na manhã desta terça-feira. Investigação mira fraudes que passam de R$ 500 milhões. A Polícia Federal disse que não irá informar os nomes dos detidos.
Cesar afirmou que não se manifestará sobre a prisão pois não teve acesso aos detalhes da decisão que embasaram o pedido. A operação está em andamento.
Além do deputado e presidente da Casa Legislativa, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti Soluções em Tecnologia, foi preso preventivamente. O advogado de Colombo, Francisco Ferreira, confirmou a informação e disse que não iria se manifestar.
Em uma das denúncias da fase anterior da Operação Alcatraz, Jefferson Colombo foi apontado como operador financeiro de Garcia no esquema. O empresário já foi genro da ex-mulher de Garcia.
Operação Alcatraz
Nesta terça-feira, a segunda fase da operação cumpre 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove de prisão temporária. As ações acontecem em Florianópolis, Joinville, no Norte e Xanxerê, no Oeste.
A polícia afirmou ter identificado pagamentos irregulares que ultrapassam R$ 500 milhões. Os alvos são do núcleo político empresarial. Cerca de 150 policiais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná participaram da ação.
O foco da segunda fase, batizada de “Hemorragia”, envolve contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Segundo a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços, ou ainda instruídos com orçamentos apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre si.
Além dos mandados de busca, foram deferidas medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, e bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões.
Fonte: G1