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A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) sinalizou, em boletim extraordinário divulgado nesta quarta-feira (10), o colapso no sistema de Saúde em Santa Catarina. De acordo com a série histórica, o Estado está desde 22 de fevereiro em estado crítico na ocupação hospitalar, com taxa acima de 90%.

Ao todo, 92% das capitais do país estão com índices de ocupação acima de 80%Ao todo, 92% das capitais do país estão com índices de ocupação acima de 80% – Foto: Joice Kroetz/Hospital Regional Terezinha Gaio Basso/ND

As taxas de ocupação são classificadas em zona de alerta crítico (vermelho) quando iguais ou superiores a 80%, em zona de alerta intermediário (amarelo) quando iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%, e fora de zona de alerta (verde) quando inferiores a 60%.

A edição ainda destaca a ocupação em Florianópolis, que estava em 97% na data da publicação. Ao todo, 92% das capitais do país estão com índices de ocupação acima de 80%.
A situação mostra uma tendência nacional. Isso porque, em março, foi observado crescimento do indicador em quase todos estados e no Distrito Federal, inclusive com a entrada na zona crítica de São Paulo e Sergipe. Além de Santa Catarina, outras 19 unidades federativas estão na zona de alerta crítico, sendo que 13 delas apresentam taxas superiores a 90%.

Santa Catarina está há três meses em situação crítica – Foto: Fiocruz/Divulgação/NDSanta Catarina está há três meses em situação crítica – Foto: Fiocruz/Divulgação/ND

“Considerando o quadro atual e a situação extremamente crítica no que se refere às taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19, que apontam para a sobrecarga e mesmo colapso de sistemas de saúde, os pesquisadores reforçam a necessidade de ampliar e fortalecer as medidas não-farmacológicas envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos”, afirma o boletim.

Conforme os dados atualizados, a última vez que o Estado esteve com  alerta em nível baixo foi no dia 9 de novembro de 2020, há quatro meses.
“Nos municípios e estados que já se encontram próximos ou em situação de colapso, a análise destaca a necessidade de adoção de medidas de supressão mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais”, orientam na publicação.