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A SES/SC (Secretaria de Estado da Saúde) confirmou mais 25 casos da variante Delta do coronavírus em Santa Catarina. A informação foi divulgada pela SUV (Superintendência de Vigilância em Saúde) na manhã desta terça-feira (10).

Os resultados foram obtidos pelo Laboratório de Referência Nacional Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Rio de Janeiro com plataforma no Ceará, nesta segunda-feira (9).

Com isso, até o momento, o Estado detectou 36 casos da variante Delta em 20 municípios. Desse total, quatro são considerados casos autóctones (de transmissão dentro do Estado), sete casos importados (transmissão fora do Estado) e 25 em investigação sobre o local provável de infecção.

As amostras foram selecionadas por meio da estratégia de vigilância genômica do SARS-CoV-2 em Santa Catarina. O objetivo é monitorar as mutações e variantes que circulam no Estado, bem como compreender os padrões de dispersão e evolução do vírus durante a pandemia em curso e o possível impacto na epidemiologia da Covid-19.

Veja os casos confirmados e as formas de infecção:

Casos confirmados em SC e os tipos de infecção – Foto: SUV/Divulgação/NDCasos confirmados em SC e os tipos de infecção – Foto: SUV/Divulgação/ND

O CIEVS-SC (Centro de Informações Estratégicas), da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), acompanha o trabalho das equipes de vigilância em saúde dos municípios na investigação epidemiológica dos casos quanto ao local provável de infecção.

A ideia é identificar se os casos possuem histórico de viagem para fora do Estado nos últimos dias e buscar o monitoramento e rastreamento de contatos próximos.

Protocolo de triagem

O Lacen/SC (Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina) implantou, recentemente, um protocolo de triagem de amostras de secreções respiratórias de casos confirmados de coronavírus por RT-PCR para verificar as possíveis infecções por Variantes de Preocupação (VOC), como a delta.

Para isso, utiliza uma metodologia que detecta mutações comuns às variantes alfa, beta e gama, e caso não seja detectada essa mutação, pode ser um indicativo de que a amostra seja da variante delta, vindo a receber prioridade para realização do sequenciamento.

Vacinação e medidas de proteção

Independente do tipo de variante do coronavírus, a Saúde de SC recomenda a adesão da população à vacinação contra a Covid-19, de acordo com o calendário pactuado entre o Estado e os municípios.

“É importante que todos compareçam aos locais de vacinação, quando chegar a vez, para receber tanto a primeira quanto a segunda dose da vacina. Também é importante que não se postergue e nem busque escolher o fabricante da vacina, pois todas as vacinas protegem contra as formas graves da doença”, alerta o superintendente de Vigilância em Saúde Eduardo Macário.

Segundo ele, apenas com o esquema vacinal concluído a imunização tem o seu efeito e as pessoas estarão protegidas. Além disso, a Saúde orienta que a população continue seguindo as medidas de prevenção para evitar a disseminação do vírus, tais quais:

  • Uso de máscaras, com destaque para as do tipo PFF2 ou N9;
  • Respeite o distanciamento social evitando aglomerações;
  • Mantenha os ambientes ventilados;
  • Pratique a higiene respiratória, lavando as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizando o álcool gel.

Variante Delta

A variante Delta é da linhagem viral B.1.617, que apareceu na Índia em outubro de 2020. Em maio de 2021, após ser associada ao agravamento da pandemia, a cepa foi declarada como variante de preocupação pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Conforme um estudo divulgado em julho por pesquisadores ligados a OMS e ao Imperial College de Londres, a variante Delta é cerca de 97% mais transmissível do que o coronavírus original identificado na China, sendo assim ainda mais preocupante do que as variantes surgidas no Reino Unido (Alfa), na África do Sul (Beta) e no Brasil (Gama).

Segundo o último boletim epidemiológico nº 74 de 6 de agosto de 2021, já foram confirmados 460 casos da VOC Delta em território brasileiro, sendo que os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro apresentam transmissão comunitária.