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[dropcap]O[/dropcap] mundo sempre foi algo estranho aos nossos olhos humanos. Desde, os tempos antigos os seres humanos como espécies que se destacam entre outras em relação à lida com os mistérios e fenômenos naturais do nosso planeta. Desenvolveram o ato de lidar consigo mesmo e depois por vias coletivas, os chamados fenômenos religiosos e espirituais para lidar com situações da realidade do dia a dia.

O termo espiritual muitas vezes é entendido de vários modos como: conhecimento, religião e crença pessoal. Para o psicólogo Lukoff (1992), por exemplo, diferencia religiosidade de espiritualidade, definindo a religiosidade como adesão a crenças e a práticas relativas a uma igreja ou instituição religiosa organizada, e a espiritualidade como a relação estabelecida por uma pessoa com um ser ou uma força superior na qual ela acredita. Também podemos incluir a ideia de busca pela iluminação ou superação individual como crêem algumas culturas asiáticas.

Esses mecanismos provocam nas pessoas um ato de busca e fé para superar problemas como, por exemplo, uma pandemia ao nosso mundo atual está passando, e acaso uma pessoa contraia o vírus (COVID19), os dois aspectos citados acima se tornam um veículo para o próprio individuo buscar ativar uma ligação entre corpo e mente, assim criando uma espécie de anticorpo para encarar a doença (qualquer doença), mesmo que de forma inconsciente dizem alguns estudiosos da mente humana.

Vale salientar que a ciência biológica pode ser influenciada por essas engrenagens, mesmo que o entendimento de ciência nos dias atuais soa como negação a religiosidade e espiritualidade para o senso comum e até mesmo para cientistas totalmente céticos ou ateístas (pessoas ou de certa forma uma crença que nega a existência de um Deus ou Entidade Superior). O assunto pode ser relativo e confuso para alguns, mas psicólogos do mundo inteiro tem investido cada vez mais nessas possibilidades de cura, mesmo que em algum momento da vida as pessoas acabam perdendo a sua conexão com a mente e seu corpo com vivacidade ou se desvinculem de alguma instituição religiosa ou filosofia de vida ou crença pessoal.

Professor e cientista da religião

Roberto Marafigo Padilha (Bebeto)