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José Gilmar Goulart Matos, apicultor em São Joaquim Foto: Arquivo Pessoal

[dropcap]R[/dropcap]epresentantes de apicultores se reuniram com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi e o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, para pedir apoio no aumento da produção de mel. Hoje, o país, gera 60 mil toneladas do produto por ano, sendo que a metade é exportada para cerca de 40 países.

De acordo com dados do setor, em 2016 foram exportados o equivalente a quase U$ 30 milhões, sendo U$ 22 milhões para os Estados Unidos. Os estados com maior produção de mel no Brasil, atualmente, são Ceará e Piauí.

A produção dos 18 municípios da região da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures) é estimada em 1.088 toneladas por ano. Essa região, segundo informações do extensionista rural da Epagri, Saulo Luiz Poffo, possui 721 apicultores e cerca de 50 mil colmeias.

Ele explica que nos anos em que se faz o mel floral e o mel de bracatinga, a produção aumenta para 1,5 mil toneladas. Quando não se produz mel de bracatinga, é gerada 1.088 toneladas de mel. “Grande parte do mel vai para empresas que fazem a exportação e a outra fica para comércio local.”

De acordo com o apicultor que possui produção no interior de Lages, José Alceu Perão, a média nacional é de 18 a 20 quilos por ano a cada colmeia. A média dele, supera este índice, já que fica entre 30 a 40 quilos.

Perão afirma que o país tem capacidade para aumentar a produção do produto, porém, para isso, é preciso mais apoio do Governo Federal. Ele diz que é necessário mais facilidade para financiamentos, pois através dos investimentos, a produção aumenta. “Além disso, é preciso capacitação dos apicultores.”

A vice-presidente da Associação Brasileira de Exportadores Mel (Abemel), Andresa Aparecida Berretta e Silva, afirma que, por enquanto, o setor não tem nenhuma novidade relacionada ao pedido dos apicultores na reunião com o ministro.

Geleia real

Outro pedido dos apicultores é que o governo autorize a importação de geleia real, já que a produção não é suficiente para atender à demanda. “O trabalho é difícil, porque a cada 56 horas, é preciso ir na colmeia. O produtor vende a, mais ou menos, R$ 800 o quilo, só que não são todos que querem fazer. O consumidor compra por cerca de R$ 30 10 gramas.”

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, frisa que foram analisados os requisitos sanitários e liberados para a importação da geleia real a Argentina, a Bolívia, o Uruguai, os Estados Unidos, Espanha, França e Itália. Entretanto, falta aos importadores fazerem o registro do rótulo no site do Ministério da Agricultura.

Fonte: CLMAIS