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NOTISERRA SC, SÃO JOAQUIM
29/08/2025 14h22 ⟳ Atualizada em 29/08/2025 às 14h23
Com informações da NDTV

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, nesta quinta-feira (28), a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos. A medida, que será conduzida pelo Ministério das Relações Exteriores, foi adotada após o governo norte-americano, sob Donald Trump, impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros desde o dia 6 de agosto.

A legislação, aprovada pelo Congresso Nacional em abril e regulamentada em julho, permite que o Brasil adote tarifas de retaliação equivalentes sempre que um país impor barreiras comerciais unilaterais. Na prática, o dispositivo abre caminho para que o governo brasileiro busque equilibrar a competitividade de suas empresas diante de sobretaxas externas.

Camex acionada e resposta oficial

A Câmara de Comércio Exterior (Camex), composta por representantes de dez ministérios e responsável por definir as diretrizes do comércio exterior, já foi acionada para conduzir o processo. Uma das primeiras etapas será a notificação oficial aos Estados Unidos sobre a decisão brasileira.

Em entrevista concedida no México, antes de retornar ao Brasil após missão oficial, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que a aplicação da lei pode reforçar a posição brasileira nas negociações.

“Espero que isso contribua para acelerar o diálogo e a negociação. Essa sempre foi a disposição do Brasil. Temos 201 anos de parceria e amizade com os Estados Unidos, além de uma boa complementaridade econômica”, afirmou.

Complementaridade entre os países

Alckmin citou o setor do aço como exemplo da interdependência entre as economias. “Nós somos o terceiro comprador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos, utilizado na fabricação de aço. Fazemos o semiplano e vendemos para os Estados Unidos, que produzem aço para automóveis, aviões e máquinas. Há uma integração clara, que é a lógica do comércio exterior”, explicou.

O vice-presidente também ressaltou que o equilíbrio nas relações comerciais traz impactos positivos para os consumidores. “No fim, quem ganha é a sociedade, com produtos mais acessíveis e de melhor qualidade”, concluiu.

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