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A aproximação de mais um inverno em meio à pandemia da Covid-19 traz um alerta para outro vírus, enquanto todos os esforços se baseiam em conter a disseminação do novo coronavírus, que já matou mais de 462 mil pessoas no país.

De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, a coinfecção pela influenza – vírus da gripe – e Covid-19 pode provocar sérios riscos para a saúde pública.

A médica explica que os vírus podem ser contraídos ao mesmo tempo por um paciente e, dessa forma, aumentar os riscos de complicações das doenças no organismo humano.

Ana Cristina Vidor alerta que a circulação da Covid-19 ainda é alta na Capital e na Grande Florianópolis. O município até esta segunda-feira (31) já contabilizou 958 mortes e tem uma ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em 80%.

“Apesar do avanço na vacinação contra a Covid-19, é fundamental que as pessoas recebam a vacina contra a influenza”, destaca Vidor.

A gerente de Vigilância Epidemiológica ressalta, ainda, a importância de manter todas as medidas de prevenção como o uso de máscaras, álcool gel, distanciamento e outras.

SC ainda não tem registros de casos de coinfecção

A Secretaria de Saúde de Florianópolis confirmou que ainda não há registros de coinfecção na Capital.

O panorama se estende para todo o Estado, visto que a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) também informou que até o momento não detectou casos desse tipo em Santa Catarina.

Intervalo entre a vacina da gripe e da Covid-19

Quem recebeu a vacina contra a Covid-19 deve aguardar pelo menos 15 dias para tomar o imunizante contra a Influenza, informa Ana Cristina Vidor.

No caso das pessoas que tomaram a vacina Astrazeneca, ou da Pfizer, onde há um intervalo grande entre a primeira e segunda dose, não há problemas em receber a vacina contra a gripe no intervalo.

Vale lembrar, porém, que sempre deve ser respeitado o intervalo de 15 dias entre uma dose e outra.

Vacinação em Florianópolis

No geral, até esta segunda-feira (31), Florianópolis vacinou apenas cerca de 30% de todo seu público alvo contra a Influenza. De acordo com os dados do Vacinômetro, só 47% do público com 60 anos ou mais, que é mais suscetível a complicações, foi vacinado.

A meta é imunizar pelo menos 90% dos grupos prioritários, conforme explica Ana Cristina. Outro destaque é o grupo das crianças, cuja imunização é de 44% até o momento.

“É preocupante e muito arriscado, pois a influenza é um vírus que atinge mais as crianças do que o coronavírus. Apesar de termos crianças internadas e que morreram em decorrência da Covid-19, historicamente, o vírus da gripe afeta mais os dois extremos nas idades, as crianças e os idosos. Por isso, é muito importante que os pais e responsáveis levem os pequenos para serem imunizados”, afirma.

Imunização contra Covid-19

Já no caso da vacina contra a Covid-19, a procura é grande, mas o problema é a quantidade de vacinas. A imunização segue um processo gradativo, e o município passou pela fase das pessoas com comorbidades e deu início recentemente à vacinação dos profissionais da educação.

Como informou o prefeito Gean Loureiro (DEM), os trabalhadores da educação do 6º ao 9º ano, público e privado, começaram a ser vacinados já no último sábado (29). Vale ressaltar que a imunização vale para todos os envolvidos, por exemplo, professores, auxiliares, segurança e administração.

Nesta segunda (31), Loureiro divulgou nas redes sociais que a vacinação também vai incluir os trabalhadores da educação do Ensino Médio,
Superior e de cursos profissionalizantes, a partir desta terça (1º).

Na Capital, são 160.665 pessoas vacinadas contra a Covid-19 até esta segunda (31), o que representa mais de 30% da população.