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Com a chegada do inverno, São Joaquim e outras cidades da Serra Catarinense se transformam em destinos concorridos para quem busca frio intenso, geada, paisagens congeladas e, ocasionalmente, a tão esperada neve. É nesse período que o turismo ganha força e passa a ser um dos principais motores da economia local.

As baixas temperaturas atraem visitantes de diferentes partes do país, impulsionando a ocupação em hotéis e pousadas, o movimento nos restaurantes, vinícolas, cafeterias, além de ampliar a procura por passeios guiados e experiências de natureza.

Durante os meses de junho, julho e agosto, a taxa de ocupação das hospedagens na região atinge os índices mais altos do ano. Em finais de semana com previsão de neve ou geada, muitas pousadas registram 100% de ocupação, com reservas feitas com bastante antecedência. A procura por chalés com lareira, banheiras aquecidas e vista para os campos de altitude cresce de forma significativa.

A gastronomia também ganha protagonismo no inverno. Pratos típicos da serra, como fondues, massas, trutas, sopas e carnes de panela são os mais pedidos. Restaurantes investem em menus especiais harmonizados com vinhos de altitude, criando experiências que vão além da refeição: são momentos que envolvem os sentidos e celebram o frio.

O enoturismo é uma das grandes atrações da temporada. As vinícolas da região, que já conquistam reconhecimento nacional e internacional, recebem turistas em busca de degustações, passeios pelos vinhedos e eventos exclusivos, muitos com música ao vivo e gastronomia. O movimento chega a dobrar nos meses mais frios, reforçando o vinho como um dos símbolos do inverno serrano.

Lojas de roupas, artesanato, produtos coloniais, vinhos, queijos e lembranças também colhem os frutos da alta temporada. Cafeterias e padarias ampliam horários, e o comércio em geral acompanha o ritmo acelerado da movimentação turística.

Com o crescimento no fluxo de visitantes, também surgem os desafios: trânsito mais intenso, necessidade de manutenção das vias, ampliação dos serviços de saúde e segurança, além da demanda por informação turística qualificada. Ainda assim, o balanço para a economia local é altamente positivo.