O vento frio de São Joaquim percorre as ruas, levando consigo folhas secas e, infelizmente, alguns papéis e sacolas plásticas esquecidas pelo caminho. A cidade, tão conhecida pelas suas paisagens deslumbrantes e pelo charme do inverno rigorosamente, merece mais do que o descaso de quem insiste em fingir que o lixo que joga no chão simplesmente desaparece.
Quem nunca passou por uma praça e viu uma embalagem de salgadinho abandonada ao lado de um banco? Ou caminhou pela calçada desviando de sacolas rasgadas, com restos de comida espalhados? Parece um problema distante, mas não é. Uma cidade que amamos é reflexo de nossas atitudes.
O lixo não tem pernas, nem asas. Ele não pula das mãos de ninguém direto para o chão. Ele está onde foi deixado. E o pior: o que se descarta de qualquer jeito não apenas suja a cidade, mas entope bueiros, atrai animais e prejudica a natureza.
Mas a solução é simples. Cada um cuidando do seu lixo. Parece um pouco, mas faz toda a diferença. Basta fechar bem as sacolas antes de colocá-las para a coleta, respeitar os horários do caminhão de lixo e usar as lixeiras disponíveis nas ruas. Pequenos gestos que transformam a cidade.
São Joaquim tem sua beleza natural, mas sua limpeza depende de nós. Afinal, se todos fizerem sua parte, o vento frio da serra poderá levar apenas o aroma das maçãs, das flores e do café quente, sem precisar carregar a irresponsabilidade alheia.
Wagner Urbano: Jornalista