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NOTISERRA SC, SÃO JOAQUIM
11/08/2025 00h45 ⟳ Atualizada em 10/08/2025 às 19h14
TEXTO: WAGNER URBANO - Jornalista

A colheita da maçã terminou, mas os galpões de São Joaquim seguem em ritmo acelerado. Fora dos pomares, inicia-se uma nova e importante etapa da cadeia produtiva: a da classificação, armazenamento e distribuição das frutas que levam o nome da cidade para todo o país — e, em alguns casos, até para o exterior.

Na empresa de Gilson Zanete, empresário do setor há anos, a movimentação é diária. Caminhões chegam carregados de maçãs vindas diretamente dos produtores, com quem a empresa mantém uma relação de parceria e consignação. “A gente pega a fruta após a colheita, ela vem toda em bin, passa pelo armazenamento em câmara fria com tratamento de MCP, e, conforme a demanda dos pedidos, vamos processando e embalando a fruta. Tudo é feito conforme a necessidade do comércio”, explica.

A logística envolve um planejamento preciso. A maçã é armazenada, selecionada, embalada com cuidado e enviada para os mais diversos pontos do país. “A gente manda muito para São Paulo, também para Belo Horizonte, Juazeiro, e outras cidades do Norte. A maçã miúda, por exemplo, tem muita saída lá. Esse trabalho que a gente faz com os produtores agrega valor ao produto. Eles entregam a maçã consignada e recebem um percentual bem satisfatório. É uma parceria que funciona e movimenta a economia local”, afirma Zanete.

E o impacto desse trabalho vai além da comercialização. Para quem está nos bastidores, como Daiana Costa, colaboradora há quatro anos no setor de embalagem, o orgulho de fazer parte desse processo é enorme. “Pra nós é maravilhoso saber que essa maçã, que passa pelas nossas mãos, vai para o Brasil inteiro. Outras pessoas vão provar o fruto que é produzido na nossa terra. É gratificante demais saber que gostam, que recomendam. A gente sente que está entregando qualidade”, conta emocionada.

O reconhecimento da fruta joaquinense ultrapassa as fronteiras nacionais. A Cooperserra, cooperativa que reúne diversos produtores da região, atua também no mercado externo. Segundo Mariozan Corrêa, representante da cooperativa, “as maçãs produzidas em São Joaquim já são exportadas para várias partes do mundo, levando consigo o sabor e a excelência do clima de altitude da Serra Catarinense”.

A maçã joaquinense, certificada por sua Indicação Geográfica, é mais que um produto agrícola: é símbolo da identidade da região e sustento de milhares de famílias. Com um ciclo que não termina na colheita, ela segue sua jornada, passando por mãos cuidadosas e atravessando longas distâncias, até chegar à mesa de milhões de brasileiros — e de consumidores mundo afora.

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