
Celebrado em 20 de maio, o Dia Mundial das Abelhas chama atenção para o papel essencial desses insetos na manutenção da vida no planeta. A data foi instituída pela ONU em 2017 em homenagem a Anton Janša, pioneiro da apicultura moderna, nascido na Eslovênia em 1734.
As abelhas, ao lado de outros polinizadores como borboletas, beija-flores e morcegos, são responsáveis por garantir a reprodução de cerca de 75% das culturas agrícolas globais e de quase 90% das plantas silvestres com flores. No Brasil, onde existem cerca de 3 mil espécies de abelhas, sendo mais de 300 delas nativas sem ferrão, como a jataí e a mandaçaia, o trabalho desses insetos é especialmente valioso para a agricultura e para o equilíbrio dos ecossistemas.

Apesar de sua importância, as abelhas enfrentam sérias ameaças. O uso indiscriminado de pesticidas, a destruição de habitats naturais, as mudanças climáticas e práticas agrícolas agressivas têm provocado o declínio acelerado das populações desses polinizadores em todo o mundo.
Em 2025, o tema da campanha global do Dia Mundial das Abelhas é “Inspire-se na natureza para nos alimentar” (“Bee inspired by nature to nourish us all”), um chamado para que governos, agricultores e consumidores repensem a forma como os alimentos são produzidos, adotando práticas que respeitem e protejam a natureza.
Especialistas alertam que proteger as abelhas não é apenas uma questão ambiental, mas uma prioridade estratégica para a segurança alimentar mundial. Sem polinizadores, culturas como maçã, café, morango, melancia, abóbora e amêndoas correm o risco de desaparecer ou se tornarem inviáveis economicamente.
Ações simples podem ajudar: plantar flores nativas, evitar o uso de pesticidas tóxicos, apoiar apicultores locais e divulgar informações sobre o papel das abelhas. Em um momento em que os efeitos das mudanças climáticas são cada vez mais visíveis, cuidar das abelhas é cuidar do futuro da humanidade.