sicred
Unifique

Santa Catarina pode ter seu clima de inverno completamente alterado por conta do fenômeno El Niño. Levando em conta que a estação começa nesta quarta-feira (21) o portal ND+ buscou entender quais serão as mudanças que o fenômeno pode trazer na vida dos catarinenses.

De acordo com o site “Climatempo “, a região sul terá maior volume de chuvas por conta do fenômeno, e mais atuação de frentes frias. O fenômeno já começa a trazer mais chuvas a partir do mês de julho.

Já a Defesa Civil de Santa Catarina aponta que nos meses de Julho e Agosto, a tendência é de chuva dentro a acima da média. Nestes meses, o fenômeno El Niño já poderá influenciar no regime da precipitação no Estado.

Ao contrário de outros anos, a previsão é de menos massas de ar frio atuando no Estado.

“Porém, isto não exclui a chance de episódios de frio intenso, com ocorrência de geadas e precipitação invernal. É importante ressaltar que os eventos de frio devem ocorrer, mas não serão duradouros”, explica em seu site oficial a Defesa Civil.

Riscos para o inverno

A pasta prevê que a estiagem no Grande Oeste seja amenizada e até revertida nos próximos meses.

Outro alerta é de que há chance de eventos de chuva volumosa, com risco para inundações, enxurradas e deslizamentos.

Os episódios de frio intenso, com registro de temperaturas negativas e congelamento de pistas também podem ser registrados. A pasta pede para que a população se mantenha aquecida e não esqueça de beber água.

Já os danos provocados por eventos de agitação marítima e ressaca devem ser menos frequentes em relação a um inverno típico. Porém, os nevoeiros se tornam mais comuns, com risco para trânsito e navegação.

O que é El Niño?

O El Niño nada mais é que um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios.

Inverno deve contar com ventos fortes em Santa Catarina Fortes ventos também podem ser registrados com o fenômeno – Foto: Defesa Civil/Divulgação/ND

Segundo o portal “muito geomática” o evento costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos e provoca diversas alterações climáticas globais e inúmeros prejuízos socioeconômicos e ambientais às regiões afetadas.

A economia

No começo do ano, um estudo feito por Cristopher Callahan e Justing Mankin, da Universidade de Dartmouth, e publicado na revista “Science” mostrou que o fenômeno impacta também a economia global.

Segundo o artigo publicado, somente este ano, o fenômeno deverá provocar um rombo de US$ 3 trilhões (R$ 14,8 trilhões) na economia global até 2029.

A pesquisa foi feita após a análise durante dois anos do desempenho da atividade econômica global após os fenômenos de 1982-1983 e 1997-1998. Foi nela que os cientistas concluíram a existência de um desaceleração no crescimento da economia.

Santa Catarina, que historicamente trabalha com a produção agrícola, também pode sentir o impacto do fenômeno, levando em conta a pesquisa. Isto porque, algumas regiões estudadas, assim como o Estado, tiveram safras alteradas por conta do volume de chuvas, ou a escassez delas, causada pelo fenômeno.