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Aconteceu na tarde de quinta-feira, (18), na EPAGRI de São Joaquim, o lançamento oficial da colheita da Maçã Fuji, fruta de grande importância econômica e de qualidade especial produzida na Serra Catarinense.

Maçã Fuji foi introduzida na região de São Joaquim na década de 1970 a partir de uma política pública de estímulo à produção de frutas de clima temperado. Trazida do Japão e cultivada nas colônias japonesas implantadas na região na mesma época. A maçã Fuji tornou-se um produto econômico de importância central para a economia local.

Estavam presentes na ocasião, o Prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes e o Presidente da AMAP, Diego Nesi, anfitriões do evento, onde recepcionaram as autoridades presentes, Altair Silva, secretário de Agricultura de SC, juntamente com a presidente da EPAGRI, Edilene Steinwandter. Também prestigiaram o evento Vereadores, produtores e pessoas técnicas ligadas a cultura da maçã.

O reconhecimento da qualidade da maçã Fuji da região de São Joaquim tornou este nome reconhecido nacionalmente, a ponto de garantir ao município o título de capital brasileira da maçã. O produto apresenta alto grau de adaptabilidade ás condições da região, resultando em características diferenciadas na qualidade dos frutos quando comparada as demais regiões produtoras.

O Prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes, explica que São Joaquim tem uma ótima produção e que a maçã é muito importante no desenvolvimento local. “Temos frutas com uma qualidade excelente. Estamos com uma fruta doce, bastante suculenta, firme e aromática. Em termos de sabor, temos a melhor safra da nossa história. Como a fruta está bastante atrativa, a demanda também tem sido maior. Nas primeiras semanas do ano, os produtores já têm vendido um volume maior do que no ano passado, em função da demanda do mercado”, ressalta.

“Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçã e um grande exportador, isso faz com que toda a economia do nosso estado se fortaleça. Tivemos um ano difícil, com a estiagem, mas, mesmo assim, o agro segue superando as adversidades. Estamos aqui celebrando a abertura da colheita com a nossa equipe da Epagri e da Cidasc e também ao lado dos produtores, os verdadeiros protagonistas, que fazem o agro acontecer e levam o nome de São Joaquim para o Brasil e para o mundo”, destaca o secretário Altair Silva.

A conquista de indicação geográfica destaca que a maçã Fuji produzida na região de São Joaquim é diferenciada das outras produzidas no país, valorizando sua história e características únicas. “Por meio do selo, a maçã Fuji da região de São Joaquim tem mais potencial de agregar valor econômico e conquistar novos mercados. O registro do IG é dado aos produtos que apresentam uma qualidade única e características do  seu local de origem” explica Diego Nesi, presidente da AMAP.

 

Indicação Geográfica da Maçã Fuji

A Maçã Fuji da Região de São Joaquim foi a sexta Indicação Geográfica (IG) conquistada por Santa Catarina. A certificação, na categoria de Denominação de Origem (DO), abrange uma área de 4.928 quilômetros quadrados nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

Diferencial catarinense

Santa Catarina faz parte da única região do mundo a erradicar a Cydia pomonella. A praga, também conhecida como traça da maçã, pode causar grandes prejuízos aos produtores rurais e está longe do território catarinense há quase 10 anos.

A Cydia pomonella é considerada o pior inseto praga da fruticultura no mundo e mantê-la fora de Santa Catarina exige um trabalho contínuo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e produtores rurais. A abertura de mercados é apenas um dos resultados obtidos após a erradicação da praga, pois a qualidade geral dos frutos também é preservada, uma vez que não é necessário o uso de inseticidas para o controle da doença nos pomares.