Mostra de fotografias sobre a arquitetura típica da região serrana faz parte da programação do Festival de Inverno 2024, promovido pela Prefeitura Municipal de São Joaquim. A abertura acontece no dia 13 de julho, às 15h, na Casa de Cultura, com entrada franca
De 13 de julho a 31 de agosto, a cidade de São Joaquim, na Serra Catarinense, recebe a exposição Alma Morada, da artista visual Lela Martorano. A mostra apresenta fotografias de tamanhos variados sobre a arquitetura típica da região serrana, destacando precisamente as populares casas de madeira.
A exposição faz parte da programação oficial do Festival de Inverno 2024, promovido pela Prefeitura Municipal de São Joaquim, e a abertura acontece no dia 13 de julho, às 15h, com entrada franca. Na ocasião, o artista convidado Cassiano Suhre da Rosa apresenta a performance de dança Casa-Corpo-Terra, criada especialmente para exposição. Já no domingo, 14 de julho, a partir das 14h, acontece a oficina Alma morada: uma experiência de observação e projeto, com o arquiteto e professor da UFPel – Universidade Federal de Pelotas. André de Oliveira T. Carrasco, que vai realizar um passeio pela cidade para analisar as soluções construtivas e formais de algumas casas retratadas na exposição. A oficina é aberta ao público em geral, mediante inscrição (informações no serviço abaixo).
Alma Morada é um registro poético e afetivo de Lela Martorano, que fez de sua trajetória profissional um incessante projeto de pesquisa sobre memória e imagem. Por meio do perfil @alma_morada_sj no Instagram, desde 2020 Lela coleciona imagens de casas típicas de São Joaquim ─ algumas já demolidas ─ e outras localidades da região serrana de Santa Catarina. Esse tipo de construção é denominada tecnicamente como “arquitetura vernacular”, ou seja, a arquitetura influenciada por condições geográficas, climáticas e aspectos culturais específicos. O importante conhecimento construtivo passado de geração em geração ─ como o encaixe perfeito das tábuas de madeira, o desenho das fachadas e as cores vivas das paredes que contrastam com o cinza do inverno ─ preserva o modo de viver dos serranos.
Para a artista, embora as construções de madeira aparentem singeleza e simplicidade, são guardiãs de um grande valor patrimonial, pois fazem parte da identidade cultural da região: “É triste pensar que essas casas são desvalorizadas e estão desaparecendo da paisagem local para dar lugar a novas construções que, muitas vezes, não representam a nossa identidade. Assim, com o projeto Alma Morada pretendo contribuir para a valorização e preservação da memória e da história de São Joaquim”.
Alma Morada é um projeto selecionado pelo Edital Lei Paulo Gustavo LPG SC 2023 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Paulo Gustavo de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura
Serviço
Exposição Alma Morada, de Lela Martorano
Abertura dia 13 de julho, sábado, às 15h. Performance de dança Casa-Corpo-Terra, com o artista convidado Cassiano Suhre da Rosa, às 16h
Local: Casa da Cultura – Praça Cezário Amarante – São Joaquim/SC
Entrada franca
Visitação:
De 13 de julho a 31 de agosto de 2024
Horário: de terça a sexta, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h
Local: Casa da Cultura – Praça Cezário Amarante – São Joaquim/SC
Entrada franca
Oficina Alma Morada: uma experiência de observação e projeto
Prof. Dr. André Carrasco – arquiteto e professor
Dia 14 de julho, domingo, das 14h às 18h
Ponto de encontro: Casa da Cultura
Aberta ao público em geral
Vagas limitadas. Inscrições pelo formulário https://forms.gle/F3ZLqoR3xYV7Qiha6
Oficina Alma Morada – estratégias para sala de aula
Vanessa Schultz – designer e arte educadora
Público-alvo: professores/educadores de São Joaquim/SC
Ficha Técnica
Lela Martorano – produção
André de Oliveira Torres Carrasco – texto e oficina
Vanessa Schultz – design gráfico e oficina
Ana Paula Lemos – assessoria de comunicação
Adriana Martorano – revisão de textos
Naia Coral – audiodescrição
Léo Romão – tratamento de imagens
Juliano Ademir Cardoso – montagem
Cassiano Suhre da Rosa – artista convidado (performance dança)
Sobre a artista
Lela Martorano utiliza a fotografia como linguagem desde 1997, para refletir sobre a passagem do tempo e questionar a capacidade da memória em guardar as lembranças e recordações de forma objetiva. Através do procedimento de apropriação e da exploração implacável da imagem e sua projeção, a artista faz um cruzamento de tempos e histórias, discutindo o papel da fotografia como registro, explorando seus limites materiais e expondo sua fragilidade.
A artista nasceu em São Joaquim, em 1974. Graduada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Lela Martorano é doutora em “Linguagens e Poéticas na Arte Contemporânea” pela Universidade de Granada/Espanha e pós-graduada em Poética e Linguagem da Dança pela Faculdade Regional de Blumenau – FURB.
Suas principais exposições individuais são: Extravios (Integrante da Maratona Cultural de Florianópolis/SC e das FRONTEIRAS COLABORATIVAS da 14a Bienal Internacional de Curitiba/ Polo SC, 2019). Antes Tempo (casa Gregório Cruz, São Joaquim/SC, 2018), Longe. Estado Indefinido (Antinoo Fine Art, Málaga/Espanha e Galeria de Arte Pedro Paulo Vecchietti, Florianópolis/SC, 2016-2017), Mar de Dentro (Fundação Cultural BADESC, Florianópolis/SC e Mela Chu Gallery, Colônia/Alemanha, 2012), Olhos D’Água (Galería Arrabal & Cia, Granada/Espanha, 2012), Da memória e seus lapsos (Museu da Imagem e do Som, Florianópolis/SC, 2000), Cidades Inventadas (Museu Vitor Meirelles, Florianópolis, 2005) e Transportas (Circuito Catarinense de Artes Plásticas do SESC, 2004 e Cádiz/Espanha, 2006). Participa também de importantes exposições coletivas na Argentina, Chile, Brasil e Europa, dentre as quais se destaca Fotografia(s) Contemporânea Brasileira: Imagens, Vestígios e Ruídos (Florianópolis/SC, 2014).
Saiba mais sobre a artista em https://lelamartorano.com/