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Foto: Divulgação / SAP

Nesta terça e quarta-feira, 8 e 9 de outubro, 8.233 detentos do sistema prisional catarinense e outros 350 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa vão participar do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL).

A aprovação no Encceja garante aos reeducandos e socioeducandos a possibilidade de prosseguir com os estudos, mesmo privados de liberdade. O exame, aplicado pelo Inep, é uma alternativa para quem não concluiu os estudos na idade adequada e serve como oportunidade de obter os certificados do ensino fundamental e médio.

Para o secretário de Administração Prisional e Socioeducativa, Leandro Lima, o número de reeducandos e socioeducandos inscritos no Encceja demonstra um aspecto positivo. “O processo de ressocialização requer uma série de atitudes, e uma delas, sem dúvida, é o resgate da escolaridade. Dessa forma, nós acreditamos que estamos entregando à sociedade um indivíduo com melhores condições do que aquele que entrou nos sistemas prisional e socioeducativo”, declarou ele.

O Encceja Nacional PPL é dividido em quatro provas objetivas por nível de ensino e uma redação. Para os que buscam a certificação do ensino fundamental, as quatro provas são: Ciências Naturais, Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes Educação Física e Redação e História e Geografia.  Já para o ensino médio, serão aplicadas provas de conhecimentos relacionados a: Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação, além de Ciências Humanas e suas tecnologias.

O participante é considerado habilitado para receber a Certificação de Conclusão do Ensino Fundamental ou Médio se atingir o mínimo de 100 pontos em cada uma das áreas de conhecimento, além de 5 pontos na redação. Ele pode receber também a Declaração Parcial de Proeficiência.

O exame para o Ensino Fundamental será na terça-feira 8, enquanto as provas para o Ensino Médio serão aplicadas na quarta-feira, 9. A avaliação tem duração de cinco horas, sendo feitas em turmas com horários diferentes.

“A escolarização é uma das ações garantidas em lei do Atendimento Socioeducativo, e tem feito a diferença para o projeto de vida dos adolescentes”, conta a assessora sociopedagógica do Departamento de Administração Socioeducativo, Iza Maria do Rosario de Andrade.

“O acesso ao Encceja, ainda mais com um número tão expressivo de pessoas privadas de liberdade, demonstra um propósito comum de ressocialização nos sistemas prisional e socioeducativo, pois oferece a possibilidade de elevação de escolaridade” declarou a gerente de desenvolvimento educacional do Departamento de Administração Prisional (Deap), Josiane Melo.

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Jacqueline Iensen
Assessoria de Imprensa