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[dropcap]A[/dropcap]lerta e preocupação em São Joaquim e na Serra Catarinense. A obra que representa avanço em termos de turismo na ligação com a Serra Gaúcha pode sofrer uma descontinuidade em menos de dois meses. Motivo seria a falta de repasse de recursos pelo Governo do Estado. Trata-se do asfaltamento de um pedaço da SC-114, a rodovia Caminhos da Neve, entre São Joaquim e a divisa com o RS.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Informações oriundas de São Joaquim indicam que o 1.º Batalhão Ferroviário fez plano de trabalho para outros 5,5 km da obra, que está sendo executado. Isso permitiria trabalho até outubro. Entretanto, não há regularidade no repasse para custear a execução desse trecho, ligando o alerta do risco de parar tudo. E pior que a paralisação seria a desmobilização (saída de máquinas e homens do trecho).

BATALHÃO NÃO É EMPREITEIRA

Para entendermos, esse trabalho que o Exército faz, executando obras de engenharia, ocorre a partir do aporte prévio do ente contratante (no caso o Estado). Ao contrário de uma empreiteira que pode bancar trecho de uma obra enquanto não recebe, o 1.º Batalhão Ferroviário não possui recursos próprios para tal custeio. Significa que se a verba não vem, a obra não é executada. Daí a preocupação com o eventual não repasse ou atraso do Estado.

EM QUE PÉ ESTÁ A OBRA

A rodovia Caminhos da Neve segue por um trecho de difícil execução. Para se ter ideia, caso se conclua esses 5,5 km do Plano de Trabalho elaborado pelo 1.º Batalhão Ferroviário, faltariam pouco mais de 10 km para chegar à divisa com RS (Rio Pelotas). Mas a hipótese de uma empresa – e não o Batalhão – executar esse restante, é pouco provável, por causa da sinuosidade, pedra, frio e outros atrapalhos que dificultariam o trabalho. Ou seja, o Governo do Estado precisa manter essa relação com o Exército, sob pena da estrada ficar incompleta.

O QUE DIZ O BATALHÃO?

Dentro daquela linha de disciplina militar, o 1.º Batalhão Ferroviário não se manifesta sobre esse risco de paralisação das obras por falta de recursos. Até para não confrontar e nem pressionar o Estado para regularizar os repasses – porque o Exército não precisa recorrer a isso. Porém, nas internas, a informação é de que, sem repasse regular, vai parar tudo. E isso seria um prejuízo enorme para a obra e para a região.

Fonte: Edson Varela