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Já em clima de outono, a Serra Catarinense se veste com um manto dourado e rubi, enquanto se prepara para receber sua majestade: a Maçã Fuji. Originária do Japão e introduzida na região de São Joaquim na década de 1970 através de uma política pública voltada para o estímulo da produção de frutas de clima temperado, a Maçã Fuji tornou-se um ícone econômico essencial para a região, celebrada por sua doçura e textura ímpar em cada mordida.

A Associação dos Produtores de Maçã de Santa Catarina (AMAP) aguarda ansiosamente a chegada dessa preciosidade, simbolizando não apenas a colheita, mas também o resultado de décadas de dedicação e cuidado por parte dos agricultores locais. Em meio à paisagem exuberante da Serra Catarinense, a Maçã Fuji da região de São Joaquim conquistou o prestigioso título de sexta Indicação Geográfica (IG) de Santa Catarina, na categoria de Denominação de Origem (DO).

Esta certificação abrange uma área de 4.928 quilômetros quadrados, englobando os municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel, situados a pelo menos 1.100 metros acima do nível do mar. É importante ressaltar que 90% das 2.104 unidades produtoras são de pequenas propriedades, demonstrando a relevância socioeconômica e a diversidade da produção local.

A colheita da Maçã Fuji tem início em março nas principais regiões produtoras, porém, tradicionalmente, São Joaquim é a última a realizar a colheita devido às suas condições climáticas únicas, caracterizadas por maior altitude e um clima mais frio. As expectativas para a atual safra são otimistas, com previsão de volume e qualidade satisfatórios. A coloração da fruta, entretanto, está sujeita à amplitude térmica até as primeiras semanas de março, refletindo a delicada dança entre temperatura e altitude que influencia o desenvolvimento da Maçã Fuji.

Portanto, enquanto o outono pinta as folhas da Serra Catarinense com tons de ouro e rubi, a região se prepara para celebrar a chegada da amada Maçã Fuji, cuja doçura e excelência são verdadeiras joias da agricultura local. Que Vossa Majestade seja bem-vinda, honrando o trabalho árduo e a tradição de gerações que tornaram possível este momento de colheita e celebração.

Texto: Wagner Urbano

 

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