“Prefeito não é contra o tratamento precoce da Covid-19 na Serra Catarinense, somos amplamente favoráveis. Mas tem de ter a prescrição médica. E cada município saberá a melhor forma de adquirir esses medicamentos. O que importa é que temos de ter o medicamento disponível. O que não pode é o médico prescrever e não ter o medicamento”.
A explicação é do presidente da Amures, prefeito de Correia Pinto Celso Rogério Alves Ribeiro. O posicionamento dele, em assembleia dos prefeitos por videoconferência, na manhã desta sexta-feira (31), foi respaldado pela maioria do colegiado e defendido também, pela presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde – CIS Amures, prefeita de Vargem, Milena Andersen Lopes Becher.
O presidente da Amures, disse que médicos da região já estão prescrevendo medicações como Invermectina e hidroxicloroquina, com segurança. Celso Rogério reiterou, “os entendimentos técnicos dos profissionais tem de ser respeitados”. Assim como o isolamento social é útil, ele cita o tratamento precoce como uma ação de resultados e de sensação de bem-estar para a população.
Para a presidente do CIS-Amures, a proposta é amparar os médicos que queiram prescrever o tratamento precoce. “O que não se pode é comprar medicamento que não esteja regulamentado pela Anvisa e o médico prescreve para enfermidade que entende que via dar certo”, salientou Milena Andersen.
O prefeito de Lages Antônio Ceron, deixou claro na reunião que confia nos médicos do município e serão eles que decidirão o que prescrever aos pacientes. E que Lages optou pela liberdade do ato médico e a prescrição caberá somente ao profissional. “Não coibimos nenhum tipo de receita médica dos nossos profissionais e estamos seguindo os protocolos do Ministério da Saúde”, comentou Ceron.
Com o encaminhamento dos prefeitos para tratar de forma precoce a Covid-19, alguns prefeitos sinalizaram para compra conjunta de medicamento através do CIS-Amures. Outros ainda serão consultados se optação pela compra isolada ou conjunta.
Grupo de Estudo
Desde início dessa semana, estão sendo mobilizados profissionais de saúde de todos os municípios para compor um Grupo de Estudos. A diretora executiva do CIS-Amures, Beatriz Montemezzo, explicou que a intenção não é interferir na conduta médica, mas dispor de medicamentos caso o profissional opte pelo tratamento precoce.
Para o presidente da Amures, não há contrariedade legal no tratamento precoce da Covid-19. Celso Rogério defende que o Grupo de Estudo é importante, mas há urgência e a única arma disponível nesse momento é o tratamento precoce.
“Não estamos contrariando nenhuma instituição de saúde. Minha obrigação como gestor é dispor do medicamento e caberá ou não ao médico prescrever”, frisou Celso Rogério. A partir da deliberação dos prefeitos, foi solicitado aos gestores municipais de saúde, a lista e a quantidade de medicamentos para proceder a compra conjunta.
Dentre os medicamentos constam: Vitamina C 500mg, Vitamina D 7000ui, Azitromicina 500mg, Hidroxicloroquina 400mg, Ivermectina 6mg, Dipirona 500mg e Zinco 20mg. O que deixou claro Beatriz Montemezzo é que esses medicamentos são para compor os medicamentos já existentes das farmácias dos municípios e a sua prescrição é única e exclusiva de conduta de médica.