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Na manhã desta terça-feira (23), os professores das escolas estaduais de Santa Catarina deram início a uma greve em todo o estado. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) informou que aproximadamente 30% dos professores aderiram à paralisação, que está sendo marcada por manifestações em diversas regiões.

Na Serra Catarinense, mais especificamente em São Joaquim, os professores da rede estadual reuniram-se em frente à EEB Martinho de Haro para dar início à greve na cidade. Nesta região, que abrange também Urubici, Bom Jardim da Serra, Urupema, Bom Retiro e Rio Rufino, cinco das onze escolas estão com suas atividades paralisadas. Os grevistas foram até a sede da antiga ADR, onde fica o escritório da educação na região, onde entregaram documentos endereçados ao governo estadual.

De acordo com o sindicato, os professores reivindicam valorização profissional para aqueles com formação além do curso superior, como mestrado e doutorado. Além disso, exigem um novo edital de concurso público para professores e a garantia de 1/3 da hora atividade para os professores dos anos iniciais.

Outras demandas incluem melhores condições de trabalho e maior investimento na área da educação. Em resposta às reivindicações, o governo do estado de Santa Catarina, por meio do Secretário da Administração, Vânio Boing, afirmou que estão em processo negocial, tendo realizado duas reuniões com o Cinti este ano.

Boing mencionou que a descompactação da tabela salarial é a principal pauta dos professores, porém, ressaltou a necessidade de evolução nessa questão, considerando que a demanda representaria um acréscimo significativo na folha de pagamento, ultrapassando o limite prudencial da responsabilidade fiscal.

Quanto aos demais pontos levantados pelos professores, o governo estadual afirmou que já estão em fase de implementação, destacando a revogação dos 14% sobre a aposentadoria e pensões, além do aumento no auxílio-alimentação, que passará de R$ 12 para R$ 25 no próximo ano.

Ademais, o governo salientou a aprovação de um concurso para a área da educação, o maior da história do estado, com 10 mil vagas, incluindo 8 mil para professores de sala de aula e 2 mil para atividades meio. O edital está previsto para ser lançado até o final do mês de junho.

O governo estadual enfatizou que está empenhado em implementar ações voltadas para a sociedade catarinense e em atender às demandas das categorias, mesmo diante do contexto de ajuste fiscal em curso.