O aumento de novos casos de Covid-19 e de óbitos na Serra Catarinense levou a presidente do Consórcio de Saúde da Amures – CIS-Amures, prefeita de Vargem Milena Andersen Lopes Becher, a realizar na manhã desta segunda-feira (27), uma videoconferência para compor um Grupo de Estudos de enfrentamento à pandemia.
A reunião teve como orientador, o médico anestesiologista graduado e pós-graduado com residência médica, Luciano Dias Azevedo. Ele defendeu a abordagem precoce com fármacos que mesmo não sendo antivirais, atrapalham replicação do vírus no organismo dos pacientes e evitam o desenvolvimento da doença.
O presidente da Amures prefeito de Correia Pinto Celso Rogério Alves Ribeiro disse estar preocupado com o aumento exponencial de casos de Covid-19. “Já temos mais de 3.200 pacientes que passaram pelo Centro de Triagem, 17 óbitos e mais de 1.200 casos positivos na região. Isso nos remete a tomadas de decisões urgentes”, defende o prefeito.
Em diálogo com a presidente do Consórcio, o presidente da Amures pediu que sejam identificados os laboratórios e fornecedores de medicamentos para uma possível ação de abordagem precoce. Milena Andersen concorda com uma tomada de decisão urgente, mas observa que o encaminhamento do Grupo de Estudo tem de passar antes pela Comissão Intergestora Regional- CIR.
“Buscamos o consenso com os municípios da AMURES, Meio Oeste – AMMOC, região do Contestado – AMURC e os municípios do Planalto Sul – AMPLASC. E quem sabe se tornemos referência para outras regiões”, frisou.
A médica secretária geral do Conselho Regional de Medicina de SC, Graziela Schmitz Bonin e o médico de Urubici, Ivan Stratievsky, pós-graduado em Saúde da Família também participaram da reunião, além do médico João Paulo Bittencourt, coordenador do MBA, dos programas de gestão de saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
Coordenador nacional de um grupo de médicos que atua em todo Brasil, com abordagem precoce da Covid-19, Luciano Azevedo falou das três fases da doença. E explicou que 85% dos contaminados não sentem os efeitos do vírus, mas 15% tem sintomas e desse, 30% podem evoluir para forma grave se nada for feito. E tratar os sintomáticos é o que propõe o médico, num trabalho em parceria com os municípios e as unidades de saúde.