[dropcap]O[/dropcap] setor produtivo de carnes ganha espaço no mercado internacional e Santa Catarina amplia vendas para China e Hong Kong. Em março, os dois países foram os principais destinos das carnes produzidas no estado e garantiram o aumento no faturamento com as exportações. No último mês, as vendas internacionais de carne suína e de frango geraram uma receita de US$ 194,9 milhões.
Em março, Santa Catarina exportou 83,6 mil toneladas de carne de frango, faturando US$ 143,9 milhões, um incremento de 23,7% em relação a fevereiro. O resultado positivo pode ser explicado pelo aumento das vendas para China, Hong Kong e México. Os três países estão na lista dos dez principais compradores da carne de frango catarinense e juntos responderam por 22,7% do valor das exportações.
No acumulado do ano, Santa Catarina já recebeu US$ 380,3 milhões pela venda de 219,4 mil toneladas de carne de frango. O desempenho é 12,7% menor do que o observado no mesmo período de 2017.
Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, as carnes continuam sendo o principal produto da pauta de exportações do agronegócio catarinense e as expectativas são de que o setor siga em crescimento. “As expectativas são do retorno das exportações de frango para União Europeia nos próximos meses e de um provável aumento das compras da China em decorrência do aumento das tributações para carne suína americana”, ressalta.
Carne suína
As vendas internacionais de carne suína também seguem em crescimento. Em março foram embarcadas 25,5 mil toneladas do produto, com receitas que passam de US$ 51 milhões (28% e 22,2% a mais do que em fevereiro). O principal mercado da carne suína catarinense é a China que ampliou em 108,9% as compras do produto, em relação a março de 2017.
No último mês, o país importou 9,6 mil toneladas de carne suína – 109,8% a mais do que no ano passado. Hong Kong e Chile também aumentaram as compras e acabaram minimizando os impactos do embargo temporário da Rússia para as carnes brasileiras.
Em 2018, o estado já exportou 70,6 mil toneladas de carne suína, com receitas que passam de US$144 milhões. Os valores são inferiores aos registrados no primeiro trimestre de 2017. O faturamento foi 10,5% menor e a quantidade teve uma queda de 1,53%.
“Os primeiros três meses do ano foram turbulentos para o mercado externo de carnes, mas com o fim do inverno no hemisfério norte é provável que as demandas aumentem, reequilibrando a produção de Santa Catarina”, explica Airton Spies. O secretário lembra ainda que a proteína animal é o carro chefe da agropecuária catarinense e responde por 60% do PIB da Agopecuária.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
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Ana Ceron
Assessoria de Imprensa