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Após o impacto do apagão que deixou 472 mil unidades consumidoras sem energia elétrica em Santa Catarina, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tomou medidas para mitigar as consequências desse incidente. Na terça-feira, 15 de agosto, a ANEEL oficializou o reajuste tarifário anual da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) no estado.

De acordo com o comunicado, os consumidores catarinenses enfrentarão um reajuste médio de 2,3% nas tarifas de energia a partir do próximo dia 22 de agosto. No entanto, a distribuição desse aumento varia de acordo com o tipo de cliente atendido pela empresa.

Residenciais: Os consumidores residenciais, correspondendo a aproximadamente 80% dos clientes da Celesc, estão entre os mais afetados pelo reajuste. Eles enfrentarão um aumento de 3,64% em suas tarifas.

Comerciais: Os clientes comerciais também sentirão o impacto do reajuste, com um aumento de 3,57% em suas tarifas.

Grupo A (alta tensão): Este grupo é composto principalmente por clientes industriais e de alta produção. Surpreendentemente, eles verão uma redução de 0,81% no valor da tarifa, proporcionando um alívio temporário em um momento de turbulência.

A Celesc defendeu sua nova estrutura tarifária, enfatizando que os preços continuam favoráveis em relação a outras concessionárias no país. Atualmente, os consumidores catarinenses pagarão R$ 0,59 por kWh, representando um valor 17% menor em comparação à média nacional de R$ 0,71 por kWh.

Comparativamente, a Celesc destaca a disparidade nas tarifas de energia elétrica no cenário nacional. A tarifa mais alta do Brasil é praticada pela ENEL, no Rio de Janeiro, que cobra R$ 0,89 por kWh. Em contraste, a Celesc implementará uma tarifa de R$ 0,59 por kWh após o reajuste, representando uma redução significativa de R$ 0,30 por kWh ou 33% em relação à tarifa mais elevada.

Essa nova estrutura tarifária busca equilibrar as necessidades dos consumidores catarinenses com a situação atual do fornecimento de energia elétrica no estado. Com o reajuste tarifário entrando em vigor em 22 de agosto, os olhares estão voltados para como essa mudança influenciará o cenário energético e as decisões de consumo em Santa Catarina.