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São Joaquim celebrou os 50 anos da imigração japonesa com uma cerimônia especial realizada na sede da Associação Cultural e Esportiva de São Joaquim (ACESJ) na noite de sábado, 30 de novembro.O evento homenageou os pioneiros que contribuíram para o desenvolvimento agrícola e cultural da cidade e da região, destacando o impacto significativo da imigração japonesa ao longo das décadas.

A chegada dos imigrantes japoneses a São Joaquim, em março de 1973, marcou o início de uma nova era na agricultura local. A Cooperativa Agrícola Central escolheu a cidade para instalar um núcleo de produção de maçãs, aproveitando as condições climáticas proporcionadas pela altitude de 1.500 metros e o apoio do Plano de Nacionalização da Maçã, promovido pelo Ministério da Agricultura. Apesar da falta de experiência tecnológica no país e das dificuldades enfrentadas pelos pioneiros, o projeto prosperou, transformando São Joaquim em um dos principais polos da produção de maçãs no Brasil.

A cerimônia contou com a presença de importantes autoridades, como o presidente da ACESJ, Carlos Yamaguchi; o cônsul-geral do Japão, Yasuhiro Mitsui; o representante chefe da Jica, agência de cooperação internacional do governo japonês; o prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes; e o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Dione Rodrigues Medeiros.

Também participaram representantes de instituições e entidades como Massanori Katsurayama, da Epagri; Roberto Yamanishi, da Associação Cultural Nipo-Brasileira de Lages; Makoto Umemya, presidente da Sanjo; e Nivaldo Pinheiro, CEO da Procave.

 

Homenagens aos pioneiros

Durante o evento, pioneiros como Yoshica Nishimori, Shizuko Hosoi, Lia Akemi Hiragami, Hideo Shimizu, Massao Shimizu e Fumio Hiragami foram homenageados com flores e aplausos, em reconhecimento por suas contribuições à comunidade.

 

A honraria da Medalha Kenshi Ushirozawa

Outro momento de destaque foi a entrega da Medalha Kenshi Ushirozawa, criada em 2003 para homenagear pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da colônia japonesa em São Joaquim. A medalha, projetada pelo designer Lucas Tamaki, é folheada a ouro 24 quilates e traz elementos que simbolizam a união entre a cultura japonesa e as características únicas de São Joaquim, como o frio representado por um floco de neve e a flor de cerejeira, símbolo do Japão. Nesta edição, os agraciados foram Yoshica Nishimori, Hideo Shimizu e Fumio Hiragami.

 

Menções honrosas destacam contribuições

Além disso, o presidente da Câmara, Dione Rodrigues Medeiros, entregou uma menção honrosa ao Sr. Fumio Hiragami e ao Grupo Hiragami, enquanto o prefeito Giovani Nunes prestou homenagem à ACESJ, que representa a comunidade nipônica na região.

O evento não apenas celebrou o legado deixado pelos imigrantes japoneses, mas também reafirmou a importância do trabalho, da resiliência e da união que marcaram essas cinco décadas de história, consolidando São Joaquim como uma referência no cenário agrícola nacional e um símbolo de integração cultural.