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[dropcap]A[/dropcap] Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) confirma o primeiro caso de influenza (gripe) no município de São Joaquim. A paciente é uma mulher, de 52 anos, moradora de São Joaquim. As informações acerca das condições clínicas da paciente ainda não foram disponibilizadas. Ela já teve alta hospitalar. O resultado do exame que confirmou o diagnóstico de Gripe A (H1N1) foi liberado no dia 18 de julho, pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).

O irmão dela, de 50 anos, também apresentou sinais e sintomas da gripe e foi transferido para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages, onde veio a óbito. Foi coletado material para a realização de exames que ainda está sendo analisado pela Lacen/SC, portanto ainda não há relação da causa morte por influenza.

A 21ª Campanha de Vacinação contra Influenza exclusiva para os grupos prioritários foi realizada entre os dias 10 de abril e 31 de maio. A partir do dia 3 de junho, o Ministério da Saúde (MS) ampliou a vacinação para todas as faixas etárias devido à baixa cobertura vacinal, não houve envio de novas doses de vacina aos estados. As doses utilizadas foram as que restaram da Campanha de vacinação. De acordo com a diretora da DIVE/SC, Maria Teresa Agostini, a meta era vacinar, pelo menos, de 90% da população e todo o estado. “Em São Joaquim, foi vacinado 85,91% do público-alvo”, apontou a diretora.

O público-alvo da campanha em 2019 compreendeu: crianças entre 6 meses e 6 anos; gestantes; puérperas – até 45 dias após o parto; indivíduos com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; professores do ensino infantil, fundamental e médio de escolas públicas e privadas e do ensino superior público e privado; povos indígenas; grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; e policiais civis, militares, bombeiros e forças armadas da ativa. Salienta-se a importância da vacinação para prevenir o agravamento dos casos e a não disseminação para a população de risco.

A vacina utilizada na Campanha de Vacinação contra a gripe deste ano protege contra os três subtipos do vírus da gripe que circulam no estado de Santa Catarina: influenza A (H1N1); influenza A (H3N2) e influenza B. Não há nenhum outro subtipo de vírus circulando no estado, além dos que estão na composição da vacina oferecida pelo SUS. É necessário a imunização todos os anos, pois a imunidade da vacina se mantém por um período de 12 meses.

A resposta à vacina depende de cada indivíduo. A imunização contra a gripe como todas as outras não é 100% eficaz. O organismo leva, em média, de 2 a 3 semanas para criar os anticorpos que geram a proteção contra a gripe após a vacinação. Portanto, ideal é realizar a imunização antes do período de inverno.

A notificação da influenza é feita somente em pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que internam em Hospital. Não há notificação de pacientes com sinais e sintomas de Síndrome Gripal atendidos em unidades de saúde.

 

Medicação

O uso do antiviral está indicado para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e também de Síndrome Gripal com condições e fatores de risco para complicações de acordo com o protocolo de tratamento da influenza do Ministério da Saúde (MS) de 2017. Nos casos em que a pessoa apresente sinais e sintomas de Síndrome Gripal – febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e, pelo menos, um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia – o tratamento com oseltamivir (tamiflu) deve ser iniciado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.

A superintendente de vigilância em saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, ressalta que o medicamento contra influenza está disponível em todos os serviços de saúde. “A medicação é oferecida de forma gratuita mediante prescrição médica e respeitando os critérios para uso do mesmo”, explica a superintendente.

 

Prevenção

A gripe pode ser transmitida de duas formas: direta, por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar; ou indireta, pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos.

Para quem quer reduzir os riscos de adquirir ou transmitir gripe, o ideal é adotar medidas e hábitos saudáveis no dia a dia, chamadas de etiqueta da tosse, como: lavar as mãos com frequência, principalmente, antes de consumir alimentos; utilizar lenço descartável ao tossir, espirrar ou assoar o nariz; cobrir a boca a e o nariz com o antebraço quando espirrar ou tossir; evitar tocar os olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; ter uma alimentação balanceada ingerindo bastante água; evitar aglomerações e manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas gripe; e evitar beijar bebês por não terem imunidade completa.