sicred
Unifique
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

Em uma reunião na tarde desta terça-feira (5) entre representantes da Defesa Civil, Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e Administração Municipal de Lauro Müller sobre a situação da SC-390 na Serra do Rio do Rastro, foi optado por manter a rodovia interditada por pelo menos mais 48 horas. Uma vistoria foi realizada durante a manhã por profissionais da Defesa Civil. As avaliações serão levadas ao governador do Estado, Carlos Moisés, para que seja tomada uma decisão.

“A Polícia Rodoviária Estadual, quanto o Deinfra, a gente defende a liberação parcial da rodovia para veículos com até seis toneladas, caminhões pequenos e para o transporte coletivo. Aqueles caminhões maiores, com cargas maiores ficariam proibidos, nós precisamos fazer a sinalização adequada, mas a rodovia permanece interditada pelo menos mais 48 horas, conforme decidido e deliberado nesta reunião”, explica o comandante da PMRv, tenente-coronel Evaldo Hoffmann.

O geólogo da Defesa Civil, Humberto Alves da Silva, defende que uma apuração mais detalhada seja realizada antes da decisão final. “Diante do cenário que foi traçado ontem e pelo que identificamos hoje, não existe somente aquele risco de recalque da pista, existe também a queda e rolamento de blocos, enxurradas podem até projetar um carro para o abismo e uma pista inferior, e pode gerar fatalidades”, alerta.

Diante das desavenças de opiniões, o assunto será levado ao secretário de Infraestrutura e Planejamento de Santa Catarina, Carlos Hassler, e para o governador do Estado para uma decisão. “Neste momento tem que ter um pouco de cautela. Brumadinho está aí para nos colocar a situação que os riscos precisa ser bastante avaliados. Será avaliado as potencialidade de qualquer tipo de risco contra a integridade das pessoas que transitam pela rodovia para que não haja nenhum tipo de problema”, comenta o comandante.

Segundo Silva, será iniciada uma operação conjunta entre Defesa Civil e Deinfra para encontrar uma empresa para realizar um monitoramento da pista. “A gente recomendou que antes de tomar uma decisão tenha um plano de monitoramento geotécnico, com pluviômetros e medidores de deformação de pista. Assim, a gente realmente pode ter uma decisão com técnicas de engenharias mais modernas, para que subsidia pela manutenção da interdição ou até a liberação com restrição de peso. O Estado não dispõe desses equipamentos”, afirma.

O tempo de interdição para avaliações não é certo. “Após esta constatação e destes equipamentos monitorando a realidade da serra e com a evolução deste eventos, quanto milímetros estão se deslocando por dia no conjunto de uma semana, de 15 dias, ou quais as lineares críticas de chuva são potenciais de evoluir os danos, aí sim a gente consegue ter um período a ser estipulado, estando embasado de uma decisão mais segura, mais confiável e com responsabilidade com a vida dos usuários”, completa o geólogo.