[dropcap]O [/dropcap]Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina manifesta sua repulsa à iniciativa da Câmara de Vereadores de Lages de contratar para sua Assessoria de Imprensa duas pessoas sem formação na área. A justa indignação dos profissionais de imprensa se reflete no sentimento de desvalorização da profissão, uma vez que há pessoas aptas a ocupar tais cargos da região.
Na semana passada foi definida a nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Lages. Com isso, cada um dos integrantes pode indicar pessoas para cargos na Casa Legislativa. Neste processo de indubitável QI, foram indicadas duas assessoras de imprensa que, segundo pesquisas feitas por profissionais de imprensa de Lages, não têm formação na área.
No esforço de justificar o injustificável, os nobres edis de Lages começam pela desqualificação, numa cidade com duas universidades formando jornalistas todos os anos. A Mesa Diretora agarrou-se ao Anexo XIV da Lei Complementar Municipal 514/2018, que exige como formação mínima para o cargo de Assessor de Imprensa, “Diploma de conclusão de Ensino Médio”, argumentando que não é obrigatória formação em Jornalismo.Esclareça-se que a nefasta decisão do STF, de 2009, não impede que órgãos públicos e privados exijam a necessária e recomendável exigência da formação superior na área para qualificar a investidura num cargo para o exercício de funções jornalísticas.Com um só canetaço, a Câmara de Vereadores de Lages desprestigiou os profissionais de imprensa, as duas faculdades e, principalmente, a comunidade da principal cidade do Planalto Serrano, que merece ver respeitado o seu direito à informação de qualidade.O SJSC apela à Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Lages para que reveja tal decisão e abra concurso público ou processo seletivo para a ocupação das duas vagas de assessor de imprensa tendo como requisito a formação superior em Jornalismo.
28 de janeiro de 2019. Diretoria do SJSC
Fonte: olivetesalmoria.com.br/