sicred
Unifique
NOTISERRA SC, SÃO JOAQUIM
09/12/2025 16h00 ⟳ Atualizada em 09/12/2025 às 16h00

O turismo brasileiro conquistou destaque internacional após a premiação do artigo “Indicações geográficas na vitivinicultura: conexões entre identidade territorial, valorização cultural e desenvolvimento do enoturismo” no TMS Algarve 2025 – Technology and Sustainability Challenges in Tourism, Hospitality and Management, realizado de 12 a 15 de novembro na Universidade do Algarve, em Portugal. Produzido pelos pesquisadores Giancarlo Zacchi, Luiz Carlos S. Flores, Eduardo Luiz Moura Sobânia e Guilherme Flores, o estudo recebeu o prêmio Outstanding Paper, reconhecimento concedido aos trabalhos de maior relevância científica apresentados no evento.

 

A pesquisa premiada foi inteiramente desenvolvida na Serra Catarinense, com foco específico em São Joaquim, um dos principais polos da vitivinicultura de altitude no Brasil. O estudo analisou, pela perspectiva dos próprios moradores, os impactos socioculturais, ambientais e econômicos gerados pela Indicação Geográfica de Procedência (IG/IP) dos vinhos finos de altitude produzidos no município. O trabalho demonstra que as indicações geográficas, mais do que instrumentos econômicos, desempenham papel essencial na construção da identidade territorial, na valorização cultural e na promoção de experiências enoturísticas imersivas que fortalecem o patrimônio material e imaterial da região.

 

Para Eduardo Luiz Moura Sobânia, um dos autores do trabalho e pesquisador da região, o reconhecimento internacional é motivo de orgulho para a Serra e para o enoturismo catarinense. “Nosso objetivo foi ouvir os moradores e compreender como a Indicação Geográfica afeta o cotidiano da comunidade. A pesquisa mostra que a IG não apenas qualifica o produto, mas também fortalece o território, amplia a autoestima local e valoriza a cultura que dá origem aos nossos vinhos. Receber esse prêmio em Portugal é a confirmação de que a Serra Catarinense não é apenas reconhecida no Brasil, mas está inserida no mapa mundial da vitivinicultura e do enoturismo de qualidade. Isso nos motiva a seguir produzindo ciência, preservando nossa identidade e fortalecendo ainda mais o desenvolvimento regional. Também deixo meu agradecimento à FAPESC pelo apoio essencial ao meu percurso acadêmico e à UNIVALI, que tem sido fundamental na minha formação, na orientação científica e no incentivo constante à pesquisa”, afirma.

 

Durante o TMS Algarve 2025, que reuniu especialistas de diversos países para debater inovação e sustentabilidade no turismo, o trabalho foi reconhecido pela consistência metodológica, pela originalidade do enfoque e pelo impacto prático para regiões que buscam integrar desenvolvimento econômico, cultura e identidade territorial. A certificação foi assinada por José António C. Santos, presidente da conferência.

 

A premiação consolida o estudo desenvolvido na Serra Catarinense entre os destaques internacionais da área e reforça o papel de São Joaquim como referência em vitivinicultura de altitude e enoturismo. O reconhecimento também valoriza o trabalho coletivo dos autores e o esforço contínuo de pesquisadores que atuam na região, entre eles Eduardo Luiz Moura Sobânia, que ao longo de sua trajetória tem contribuído para o desenvolvimento do turismo na região serrana além de integrar a pesquisa acadêmica e as práticas de turismo ,fortalecendo a valorização cultural, a identidade territorial e iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável da Serra Catarinense.

Por favor, ao reproduzir esse conteúdo, use os devidos CRÉDITOS. Siga nosso insta: @NotiSerraSC.