Após negativa do Governo do Estado, a Associação de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCClubes) vai protocolar uma nova solicitação para a volta das atividades do futebol profissional no Estado.
A informação foi dada na tarde de quarta-feira (29), pelo presidente da entidade, Francisco José Battistolli, em entrevista à Rádio CBN Diário (Florianópolis).
O indeferimento do pedido para o retorno das atividades saiu na última terça-feira, após decisão do governador Carlos Moisés, frustrando os clubes que chegaram a apresentar ao governo um protocolo médico para o retorno gradual dos trabalhos.
Battistolli disse que os clubes buscam, agora, ao menos a permissão para a retomada dos treinos visando à disputa o Estadual da Série A, que está parado desde 14 de março, quando foram definidos os confrontos do mata-mata.
Ele disse que, por conta da paralisação provocada pela pandemia, a situação financeira dos clubes catarinenses é “crítica”.
O Criciúma, por exemplo, dispensou 38 colaboradores. Já o Concórdia, que subiu à elite do Estadual no ano passado, vive uma situação dramática. Para amenizar a crise, conseguiu a liberação de recursos financeiros da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e da SCClubes para manter seu projeto.
“No nosso caso, se o futebol não voltar até o fim de maio ou junho, vamos ter de enxugar a máquina, porque se não temos receita, não temos como ter despesa”, disse Battistolli, que também é presidente do Avaí.
Medidas
Após o indeferimento do Governo do Estado, presidentes e representantes dos 10 clubes discutiram com diretores da FCF e SCClubes, através de videoconferência, quais as medidas administrativas e operacionais a serem tomadas para conviver com o novo momento do futebol catarinense.
Durante o encontro, que ocorreu na noite de terça, os dirigentes apresentaram em detalhes as suas condições e dificuldades financeiras que estão vivendo com a paralisação do campeonato em virtude da pandemia.
Várias medidas apresentadas na reunião visam evitar que os clubes antecipassem a decisão de rescindir contratos de atletas, demitir colaboradores em massa e até mesmo o ato extremo de desistência do campeonato, o que acarretaria o encerramento das atividades, com prejuízos sociais ainda mais nefastos à economia e à sociedade catarinense.
Entre as ideias aprovadas estão a liberação de recursos da Federação Catarinense de Futebol, da Associação de Clubes e de alguns integrantes do campeonato para clubes com maiores dificuldades financeiras, empréstimo de atletas entre clubes, compra coletiva de testes e equipamentos para a proteção contra o coronavírus.
Fonte: Correio Lageano