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A Epagri/Cepa divulgou a edição de setembro do Boletim Agropecuário, com expectativa de crescimento nas safras catarinenses de maçã, trigo, soja e milho. As exportações de frango apresentaram queda no volume, mas aumento no valor, na comparação com o ano passado. Os suínos tiveram aumento de volume e valor nas vendas para o Exterior neste primeiro semestre. Confira estas e outras análises das principais cadeias produtivas do agronegócio catarinense no documento emitido mensalmente pela Epagri/Cepa.

Maçã

Segundo avaliação da Epagri/Cepa, a safra 2021/22 de maçã em Santa Catarina deve ser mais produtiva e com mais qualidade que a média histórica. Essa conclusão leva em conta as horas de frio acima da média registradas entre julho e agosto, condição determinante para esta cultura agrícola. Na safra 2020/21 Santa Catarina já havia colhido 22% mais maçãs do que no ano anterior, com frutas de maior calibre e melhor qualidade.

A comercialização das maças graúdas teve demanda retraída neste início de segundo semestre, devido às restrições econômicas dos compradores.

Arroz

O arroz irrigado está com 52,4% das áreas destinadas ao plantio em Santa Catarina já semeadas e as lavouras com bom desenvolvimento vegetativo. Em agosto, os rizicultores catarinenses tiveram alta de 3,85% no preço médio em relação a julho, fechando o mês em R$73,89 a saca de 50kg.

Feijão

Em Santa Catarina, 3,74% da área total de feijão primeira safra 2021/22 já foi semeada. As condições de lavoura são boas. O desenvolvimento da cultura e a evolução das operações de plantio vêm sendo favorecidos pela ocorrência de chuvas, intercaladas com períodos de menor precipitação, nas últimas semanas.

Soja

Estimativa da Epagri/Cepa aponta para um aumento de 12,2% na primeira safra de soja 2021/22, na comparação com o ciclo agrícola anterior. O crescimento se deve à recuperação da produtividade, aliada ao aumento de 4% na área cultivada. O total produzido na primeira safra deve ser de cerca de 2,55 milhões de toneladas. Somando as áreas de cultivo da primeira e segunda safras, poderemos ter cerca de 725 mil hectares cultivados com a oleaginosa no estado. A semeadura deve começar em 15 de outubro na maioria das regiões.

Milho

Santa Catarina deve colher 2,7 milhões de toneladas de milho na safra 2021/22, o que aponta para uma recuperação da produção. Na safra passada o Estado produziu apenas 1,8 milhão de toneladas do cereal, cujos cultivos sofreram com estiagem e ataque de pragas.

Algumas regiões, como São Miguel do Oeste e Concórdia, retomam parte das áreas de milho grão que, devido à estiagem, haviam migrado para silagem durante a safra anterior. A área cultivada no estado se estabiliza em 325 mil hectares.

Trigo

Segundo a Epagri/Cepa, Santa Catarina tem perspectiva de colher uma excelente safra de trigo, tanto em quantidade como em qualidade. Até a última semana de agosto, cerca de 48% da área destinada ao plantio de trigo no Estado já havia alcançado a fase de floração. Nas demais áreas, as lavouras encontram-se em fase de desenvolvimento vegetativo. Quanto às condições de lavoura, 100% delas foram classificadas como boa, impulsionadas pelas boas condições climáticas, que resultam em boa sanidade das plantas.

Em setembro, os valores pagos ao produtor de trigo no mercado catarinense tiveram variação positiva de 5,32% em relação ao mês de julho, fechando o preço médio mensal em R$ 85,10 pagos pela saca de 60kg. A variação anual de preços nesse período, em termos nominais, para o mercado catarinense, foi 48,59% superior ao preço médio praticado em agosto de 2020.

Alho

A safra catarinense de alho 2021/22 está com plantio encerrado em todas as regiões e em pleno desenvolvimento. A condição das lavouras é de boa a muito boa, resultado das condições climáticas favoráveis até o momento. Em agosto haviam sido plantados 1.758 hectares da hortaliça no Estado, 2,32% a mais em relação à estimativa indicada no levantamento realizado no mês de julho.

O Brasil importou em agosto 3,24 mil toneladas de alho, o menor volume de todos os meses dos últimos cinco anos. Entre janeiro e agosto deste ano as importações somam 103,34 mil toneladas, enquanto que no mesmo período de 2020 o volume importado foi de 129,44 mil toneladas, redução de 25,25%.

Cebola

Santa Catarina deve produzir 504,26 mil toneladas de cebola na safra 2021/22, índice 0,92% superior ao ciclo agrícola anterior, quando foram produzidas 499,65 mil toneladas da hortaliça. A área plantada deve ser de 17.458 hectares, redução de 0,54% em relação à estimativa inicial da Epagri/Cepa, que era de 17.553 hectares.

Entre janeiro e agosto o Brasil importou 114,85 mil toneladas de cebola, redução de 69,09% em relação ao mesmo período do ano passado. O mercado nacional de cebola foi abastecido pela produção das regiões de São Paulo, Cerrado e Triângulo Mineiro. Em função da boa produção e produtividade, a oferta da hortaliça no mês de agosto pode ser considerada elevada, contribuindo para que os preços tenham se mantido abaixo dos custos médios de produção, especialmente nas regiões produtoras de São Paulo.

Bovinos

Nas primeiras semanas de setembro, o preço médio estadual do boi gordo registrou queda de 0,6% em relação ao mês anterior, atingindo o valor de R$320,80 a arroba. Também foram registradas quedas nos preços dos animais de reposição, com variações de -3% no caso dos bezerros de até um ano e de -2,6% para os novilhos de um a dois anos.

Frango

Santa Catarina exportou 77,68 mil toneladas de carne de frango em agosto (in natura e industrializada), o que representa uma queda de 14,8% em relação ao mês anterior e de 0,9% na comparação com agosto de 2020. As receitas foram de US$153,26 milhões, -11,2% em relação ao mês anterior, mas alta de 30,7% na comparação com agosto de 2020.

De janeiro a agosto, Santa Catarina exportou um total de 661,47 mil toneladas, com receitas de US$1,16 bilhão, alta de 0,7% em quantidade e de 11,8% em valor, na comparação com o mesmo período do ano passado. O estado foi responsável por 24,1% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango no ano.

Suínos

Santa Catarina exportou 44,48 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em agosto, 16,3% menos que no mês anterior e 12,4% abaixo de agosto de 2020. As receitas foram de US$107,42 milhões, queda de 19,5% em relação ao mês anterior e de 1,7% na comparação com agosto de 2020.

De janeiro a agosto, o estado exportou 380,67 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$945,89 milhões, altas de 10% e 24,7%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2020. Santa Catarina respondeu por 52,8% das receitas e 51,1% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Em setembro o IBGE divulgou números que confirmam o baixo desempenho da produção leiteira nacional ao longo de 2021. A quantidade de leite recebida pelas indústrias inspecionadas do País no primeiro semestre foi apenas 0,5% superior ao mesmo período do ano passado. Essa é a razão de sustentação dos preços internos dos lácteos e dos preços recebidos pelos produtores. No caso de qualquer reação mais sensível da oferta interna, os preços devem cair. Segundo os levantamentos da Epagri/Cepa, mesmo com algumas variações entre regiões e produtores, em setembro o preço médio recebido pelos produtores catarinenses ficou idêntico ao do mês de agosto, R$2,17/litro.

Leia aqui a edição completa do Boletim Agropecuário de setembro.

Informações para a imprensa
Gisele Dias, jornalista