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Foto: Wagner Urbano/NotiserraSC

[dropcap]N[/dropcap]esta época do ano em função do calor e do período chuvoso, tem se tornado cada vez mais comum os moradores de São Joaquim se deparar nos seus quintais com a presença de caramujos. A grande incidência no aparecimento deste molusco tem feito com que a preocupação com eles seja mais complexa, pois eles transmitem várias doenças.

Foto: Wagner Urbano/NotiserraSC

O animal pode pesar até 200 gramas e medir cerca de 10 centímetros de comprimento. Ele possui concha escura, com manchas claras, alongada e cônica. A espécie foi introduzida no Brasil de forma ilegal, na década de 80, principalmente na região Sul e se proliferou pelo restante do País.

O objetivo inicial era de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior, mas a proposta não foi bem aceita entre os consumidores, sendo também proibida pelo Ibama. Abandonado, o animal se proliferou pelo restante do País se tornando uma praga que poucas pessoas sabem como combater.

No entanto, a grande preocupação é que o molusco transmite a meningite eosinofílica, devido atuar como hospedeiro intermediário de um verme, o Angiostrongylus Cantonensis, agente etiológico da doença. O ser humano participa do ciclo como um “hospedeiro acidental” do verme, ao ingerir alimentos que estejam contaminados por meio do contato com a secreção do animal. Nela, estão presentes as larvas. Outra forma de contágio é o consumo – não recomendado – destes moluscos parasitados.

O animal tem uma proliferação rápida, pondo em média de 50 a 400 ovos em cada postura, tendo de quatro a cinco ciclos de reprodução no ano. Em até cinco meses o animal atinge a maturidade sexual. Eles são hermafroditas (possuem órgãos sexuais de ambos os sexos) e vivem até seis anos.

Em São Joaquim, a secretaria de Agricultura em parceria com a secretaria de Turismo, realizou uma força tarefa na Praça Cesário Amarante, rastreando e eliminando o molusco, que estava tomando conta de vários lugares na praça. Na ação, foram limpos vários locais onde estavam localizados os caramujos. Os animais recolhidos foram incinerados e enterrados. Também uma solução com água e sal foi espalhada na praça para evitar a proliferação dos bichos.

O que fazer quando encontrar esses caramujos:

Foto: Wagner Urbano/NotiserraSC
  1. Nunca comer os moluscos capturados, tampouco criá-los.

 

  1. Para capturá-los, utilize luvas ou sacos plásticos para proteger as mãos.

 

  1. A melhor ocasião para capturar os moluscos é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.

 

  1. Para destruí-los, coloque os moluscos encontrados em um balde com água e bastante sal de cozinha (NaCl), até que parem de se mexer. Depois, quebrar as conchas para que a água da chuva não fique nelas e depois enterrar ou por no lixo.

 

  1. Os ovos dos moluscos, pequenos e de cor clara e duros, devem ser destruídos por fervura em água antes de colocá-los no lixo.

 

  1. Não só os caramujos gigantes podem representar riscos, então evite manusear outras espécies de moluscos como lesmas e caracóis de jardim, pois podem ser também hospedeiros de Angiostrongilíase, principalmente em ambientes com presença de roedores.

 

  1. Antes de consumir hortaliças, lavar cuidadosamente e desinfetar com solução clorada todas as folhosas que serão consumidas cruas.

 

  1. Evitar lixo em quintais, jardins e terrenos.