Uma parte fundamental da história da Igreja Matriz de São Joaquim foi restaurada para preservar não apenas sua estrutura, mas também as memórias que ecoam por mais de um século. O imponente sino, que há décadas marca os momentos solenes da comunidade, passou por uma reforma histórica, resgatando não apenas sua sonoridade singular, mas também as tradições que o envolvem.
O sino em questão foi trazido da Alemanha pelo Padre Ernestro Schuz, em um ato que remonta ao dia 26 de dezembro de 1926. Encomendado pela irmandade do Sagrado Coração de Jesus e custeado por 17 devotos da época, o sino grande, pesando aproximadamente 1 tonelada, e o pequeno, entre 300 e 400 kg, desempenhavam papéis simbólicos específicos. O maior ressoava em momentos de luto pela partida de um adulto, enquanto o menor marcava a despedida de uma criança.
O passar das décadas trouxe consigo não apenas a devoção contínua, mas também a necessidade de preservação do patrimônio religioso. Com mais de 25 anos sem uma intervenção significativa, a torre que abriga os sinos passou por uma revitalização completa em 2023. A estrutura de madeira antiga foi substituída por uma de metal, garantindo não apenas a segurança do local, mas também a longevidade do icônico sino.
Uma das mudanças notáveis foi a modernização na forma como o sino é acionado. Antigamente, uma corrente puxada na base da torre era responsável por dar vida ao som sagrado. Hoje, a tradição encontra-se harmonizada com a modernidade, pois um controle remoto especial permite acionar o sino de maneira mais eficiente, alinhando a tecnologia com a fé.
A reforma, realizada durante a gestão do Padre Thiago Tomas, não apenas resgatou um elemento essencial da história da igreja, mas também fortaleceu os laços entre passado e presente. O sino, agora renovado, ecoará por muitas gerações, continuando a ser testemunha silenciosa das histórias que se desenrolam na comunidade de São Joaquim.
