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Abastecer o veículo ficará mais caro a partir desta sexta-feira (19). A Petrobras anunciou nesta quinta (18) mais um aumento do preço médio da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. O preço médio de venda de gasolina nas refinarias passa a ser de R$ 2,48 por litro, um aumento médio de R$ 0,23 por litro.

O preço do diesel, que sofre o terceiro aumento do ano, será R$ 2,58 por litro, R$ 0,34 a mais. Com isso, o litro da gasolina já acumula uma alta de 34,78%, enquanto o diesel está 27,72% mais caro.

Gasolina fica mais cara em Santa Catarina a partir desta sexta-feira (19) – Foto: Divulgação/ND

Os aumentos entram em vigor a partir de hoje, mas segundo o Sindipetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina), esse repasse nas bombas só deverá ser percebido, pelo consumidor, a partir da próxima semana.

Segundo a Petrobras, os preços praticados nas refinarias são reajustados de acordo com o câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar.

“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras”, disse a empresa, em nota.

“Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020”, diz a nota da Petrobras.

Levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre os dias 07 a 13 de fevereiro, em 30 postos de combustíveis de Florianópolis, apontou que a média do litro de gasolina ficou em R$ 4,789.

O preço máximo encontrado foi de R$ 4,99 e o mínimo de R$ 4,30. A pesquisa ocorreu em outras oito cidades em Santa Catarina: Araranguá, Biguaçu, São José, Palhoça, Tubarão, Laguna, Criciúma e Blumenau.

Entre os municípios pesquisados, o litro de gasolina mais caro foi em São José, no valor de R$ 5,049. Por outro lado, a cidade de Biguaçu foi a que registrou o maior preço médio nas bombas com R$ 4,883 o litro, seguida por Tubarão, R$ 4,816, e Florianópolis (R$ 4,789).

No caso do diesel, o valor do litro mais caro foi encontrado em Tubarão (R$ 4,322). Em seguida vem Biguaçu (R$ 3,869) e Laguna (R$ 3,839).

Segundo dados obtidos junto à Petrobras, o preço da gasolina sem os tributos, à vista, está sendo vendida desde o último dia 09, no terminal terrestre da Petrobras em Biguaçu, na Grande Florianópolis, que recebe e armazena produtos para abastecer a região, por R$ 2,302 o m³. No dia 1º de fevereiro o valor era R$ 2,133 o m³.

Importante lembrar que há um ciclo de impostos até chegar o consumidor final, como PIS/COFINS (imposto federal) no valor de R$ 0,7925/litro da gasolina mais R$ 0,1309/litro (Etanol Anidro) – que é misturado à gasolina na proporção de 27% – e a CIDE (imposto federal) que corresponde a R$ 0,1000/litro da gasolina.

Por fim, a maior carga tributária sobre o preço da gasolina, o ICMS, no qual em Santa Catarina corresponde a 25%, é um dos mais baixos do país.

Segundo a Petrobras, no caso do óleo diesel, depois da definição dos preços nas refinarias, cerca de 9% são impostos federais (PIS e Cofins) e 14% são de ICMS.

Os demais custos, segundo dados da companhia, são distribuição e revenda (16%), custo do biodiesel (14%) e realização da estatal (47%). Com isso, o valor final ao consumidor chega a ser o dobro do das refinarias.