[dropcap]T[/dropcap]ireoide é uma glândula localizada no pescoço responsável por regular a função metabólica do corpo. É na Tireoide que acontece a produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), hormônios que estimulam o metabolismo. O funcionamento da tireoide é controlado pela hipófise, uma glândula localizada no cérebro.
O hipertireoidismo é uma doença em que a tireoide produz em excesso os hormônios tireoidianos. A causa mais comum de hipertireoidismo é conhecida como ‘‘Doença de Graves’’, situação na qual o sistema imunológico começa a produzir anticorpos que estimulam a glândula tireoide a produzir hormônio em grandes quantidades. É uma doença crônica e geralmente há outros casos da doença na família.
Outras causas menos comuns de hipertireoidismo envolvem nódulos na tireoide ou inflamação (tireoidite) da glândula.
Os sintomas são diversos, sendo comum insônia, ansiedade, irritação, nervosismo, perda de peso, mãos tremendo, mãos com suor excessivo, intolerância ou irritabilidade em temperaturas mais quentes, diarreia, queda de cabelo, fraqueza e até um aumento de volume da tireoide, formando abaulamentos na região do pescoço.
O diagnóstico é feito através do conjunto de sintomas e a dosagem no sangue dos hormônios produzidos pela tireoide.
O tratamento depende da causa, da idade e condição de saúde do paciente. O hipertireoidismo deve ser tratado rápido em idosos, devido o risco de complicações cardiovasculares. Existem medicamentos que diminuem a produção de hormônios na tireoide, como o metimazol e o propiltiouracil. O iodo radioativo é uma opção de tratamento, entretanto pode levar a perda total da tireoide, causando então falta dos hormônios. A retirada cirúrgica da tireoide também pode ser opção de tratamento.
Qualquer tipo de tratamento não é isento de riscos ou efeitos colaterais. Um médico deve ser consultado regularmente para que o hipertireoidismo seja monitorado e ajustes no tratamento sejam realizados se necessário.