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Dez dias depois da passagem do ciclone bomba que deixou um rastro de destruição em todos os municípios da Serra Catarinense, a situação ainda não voltou à normalidade. Especialmente nas localidades do interior. É o que constataram os prefeitos dos 18 municípios da Amures, em assembleia ordinária na manhã desta sexta-feira (10).
A demora do restabelecimento da energia elétrica já ameaça vidas humanas. Moradores de localidades distantes que dependem de respiradores e medicamentos refrigerados, estão recorrendo aos prefeitos. “Aqui na Palmeira temos pessoas acamadas que dependem da energia elétrica. Está ficando insustentável a situação”, lamenta a prefeita Fernanda Córdova.
Ela visitou diversas famílias rurais e constatou que os colaboradores da Celesc estão fazendo o que é possível. Mas nem sempre tem os equipamentos necessários para este tipo de situação. O problema é recorrente, e em todos os municípios as reclamações são similares.
O presidente da Amures prefeito de Correia Pinto Celso Rogério Ribeiro determinou oficiar a direção da Celesc para que o fornecimento de energia seja restabelecido. “Temos informações de que mais de 4 mil unidades consumidoras continuam sem energia. Muitas famílias perderam produtos perecíveis e a situação tem de voltar à normalidade o quanto antes”, afirmou o presidente da Amures.
Os prefeitos de São Joaquim Giovani Nunes e Urupema Evandro Frigo Pereira, também confirmaram o isolamento de algumas localidades por falta de energia elétrica. Os prefeitos reconhecem a gravidade do fenômeno com ventos que ultrapassaram os 100km/h derrubando árvores, postes, cabos e provocaram o maior dano ao sistema elétrico catarinense em mais de 60 anos.
Mas não entendem, porque comunidades inteiras ainda estejam sem energia elétrica por tanto tempo. Por ser a maior região em extensão territorial do Estado, a Serra Catarinense deveria receber da Celesc tratamento diferenciado. E a estatal deveria ao menos neste momento, dispor de mais recursos tecnológicos e equipamentos aos prestadores de serviços que enfrentam as adversidades no meio rural.