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Representantes do setor turístico e a Klabin se reuniram novamente em São Joaquim, nesta terça-feira (23), para discutir o crescente conflito em torno do plantio de pinus no Caminhos da Neve. O encontro, que contou com a presença de autoridades da Secretaria de Turismo, COMDESTUR, ACISJO, AMURES e membros da imprensa local, visou buscar soluções urgentes para a situação que vem inquietando a comunidade.

A controvérsia teve origem em uma audiência pública realizada em 4 de outubro de 2023, na qual a Klabin S/A havia se comprometido a preservar o vale do Caminhos da Neve, uma joia da Serra Catarinense. No entanto, contrariando esse compromisso, surgiram relatos de que árvores de pinus estariam sendo plantadas na região demarcada, levantando preocupações sobre o impacto negativo no turismo local.

“Nosso interesse é preservar esta área como um patrimônio socioambiental. Não vamos permitir o plantio de pinus nesta região, tão essencial para a identidade e atratividade turística de São Joaquim”, afirmou Wilson Paiva, gerente de responsabilidade social e relações com a comunidade da Klabin S/A, durante a reunião.

Clovis Oliveira, presidente da ACISJO, ressaltou a importância do turismo para a economia local e expressou a preocupação da comunidade em manter a integridade das paisagens naturais da região. “O turismo é um dos pilares fundamentais da nossa economia. Precisamos preservar nossos atrativos naturais para garantir o desenvolvimento sustentável de São Joaquim”, enfatizou Oliveira.

A pressão para a retirada imediata das árvores de pinus do local demarcado foi um dos principais pontos discutidos durante a reunião. Ana Vieira, assessora de turismo da AMURES, destacou a necessidade de ações concretas por parte da Klabin para remediar a situação. “Estamos aguardando um posicionamento claro da empresa e medidas efetivas para restaurar a integridade do Caminhos da Neve”, declarou Vieira.

Com a região sendo conhecida por registrar mais de 150 geadas por ano, o plantio de pinus representaria uma ameaça significativa não apenas para o turismo local, mas também para o ecossistema único da Serra Catarinense. Enquanto os debates continuam, a comunidade de São Joaquim permanece vigilante, exigindo a preservação de seus preciosos recursos naturais.